Multi pertransibunt et augebitur scientia (Muitos passarão, e o conhecimento aumentará).

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

SEJA

por Neil Diamond 






Perdido
Em um céu pintado
Onde as nuvens estão penduradas
Aos olhos do poeta
Você pode encontrá-lo
Se você se permitir encontrá-lo

Em uma costa distante
Pelas asas dos sonhos
Através de uma porta aberta
Você pode conhecê-lo
Se você se permitir

Seja
Como uma página que deseja uma palavra
Que fala sobre um tema que é eterno
E Deus dará sentido aos seus dias
Cante
Como uma canção em busca de uma voz que é silenciosa
E o Deus único dará sentido ao seu caminho

E nós dançamos
Por uma voz sussurrada
Ouvida secretamente pela alma
E aceita pelo coração
E você pode conhecê-la
Se você se permitir conhecê-la

Enquanto que a areia
Que se tornaria pedra
Tornou-se centelha
E transformou-se em ossos vivos
Sagrado, sagrado
Santo, santo

Seja
Como uma página que deseja uma palavra
Que fala em sobre um tema que é eterno
E Deus dará sentido aos seus dias
Cante
Como uma canção em busca de uma voz que é silenciosa


E o Deus único dará sentido ao seu caminho

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

TEXTOS E MAIS TEXTOS

Por Mario Sales, FRC




Já comentei neste espaço que o esoterismo é feito de textos, não de fatos.
Os acontecimentos fantásticos que o Esoterismo contempla, a manifestação de dons chamados sobrenaturais, os acontecimentos espantosos, são, em sua enorme maioria, descrições literárias, preservadas em produções intelectuais de autores, hoje consagrados, como Eliphas Levy, Papus, Blavatsky, Paramahansa Yogananda, Gurdjieff e outros.
Os seguidores do caminho esotérico, ou por fé, ou por identificação com vivências pessoais, reconhecem esses relatos como fiéis à realidade, e passam esses relatos lidos à frente como se fatos fossem.
Alguns podem se surpreender com essas simples e óbvias considerações. Podem identificar um traço de ceticismo nestas linhas. Ninguém, no entanto, poderá negá-las.
Se no campo esotérico a atividade intelectual é constante, e muitos, muitos textos passam por nossos olhos enchendo nossa mente e imaginação de ideias e conceitos, no campo místico só a experiência inefável, não comunicável com palavras, íntima, pessoal, importa.
Esoterismo é estruturado no estudo e na reflexão. Misticismo é silêncio, recolhimento.
E silêncio, o verdadeiro e genuíno silêncio, não é compartilhável.
Portanto, o momento em que o esoterista se transforma em místico é aquele em que ele passa da imaginação à vivência.
Textos são como fósforos que acendemos para incendiar a madeira da lareira do coração. Uma vez que o fogo pegue força e vigor, nenhum estímulo mais é necessário. Bastará que alimentemos com a lenha da existência que queimará e se transformará, nos aquecendo e iluminando.



Não que os textos não tenham importância. 
Textos, no entanto, como tudo na vida, têm seu momento específico. Quando o fluxo intuitivo se instala, nem todas as páginas do mundo, nem todas as letras poderiam descrever as miríades de cores e sensações que nos atingem, segundo após segundo, enquanto imóveis contemplamos seu desfile.
O estado meditativo é o estado místico, a conexão. Participamos do drama cósmico de várias maneiras, como atores, como espectadores ou como ambos, quando a iluminação vem nos abençoar.
E isto, iluminar-se, é só o princípio de outras infinitas buscas e jornadas, sem textos, mas geradoras de textos, descrições de acontecimentos, mas não os eventos em si.
Daí a maioria dos mestres não terem produzido textos. A linguagem é demasiada lenta e grosseira para poder atender a velocidade de ideias que a intuição da conexão com o Cósmico nos traz. Os evangelistas escrevem pelo Cristo, Ouspensky por Gurdjieff; Platão por Sócrates.
Os que captam , os que se conectam, entram em estado de embriaguez permanente, incapazes de redigir com serenidade o que vem à sua mente em forma de pura emoção, e quando muito, esta emoção, este amor universal apaixonado pela vida se transforma em falas inspiradas, em sermões como o da montanha, em bênçãos na forma de palavras.
Existe um lindo slogan dos seguidores de Rajeneesh, que preservam sua presença em vídeos, que me encanta sobremaneira.
Eles dizem que os discursos de Osho são “silêncio compartilhado em palavras”.
Talvez seja. Existem até mesmo alguns mestres como Ramana Mararishi, que não falavam, mas davam a entender a beleza de sua percepção do Universo com sua santa presença.
A presença física de um Mestre, em si, já é uma bênção. Nós chamamos isto de Darshan, a bênção da presença.
Todos nós, que somos esoteristas e buscamos o estado místico, precisamos para fazer esta passagem de vivências internas, de nosso próprio silêncio, sem o que jamais iremos além dos textos.
Seremos apenas eruditos sem vida, sem luz própria, sem conexão.
Como eu disse, ou por fé, ou por identificação com vivências pessoais, estamos neste caminho, mas só a vivência íntima nos transformará. Tal percepção é profunda e intensa demais para sustentar-se apenas na fé, apenas em crenças pessoais.
É isso.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

SUGESTÕES PARA A ORDEM ROSACRUZ DO SÉCULO XXI


por Mario Sales FRC



Vinha pensando agora, enquanto dirigia para o trabalho, na velocidade com que a importância e a relevância de ordens esotéricas têm diminuído. É uma afirmação dura, talvez difícil para alguns de digerir, mas que na minha avaliação, em perfeito acordo com os fatos.

Esoteristas são, hoje, relegados ao segundo plano pelas tecnologias que enfraquecem a capacidade discursiva e de reflexão das pessoas. Tudo é instantâneo e fugaz, tudo é líquido, como diz Zigmunt Bauman, e flui com a rapidez característica dos fluxos acelerados deste tempo de impermanência.

Organizações que se dedicam a preservar tradições enfrentam o anacronismo de suas posturas, já que se adaptam com muita lentidão aos acontecimentos sociais e psicológicos de nosso tempo.

Não vou falar da Maçonaria, com seus mais de 200 ritos, e costumes conservadores. É de se supor que o menos flexível se desmanche primeiro sob os efeitos dos ventos do tempo.

Falo da minha querida AMORC, que luta para ter prestígio internacional e procura, de todos as maneiras, uma inserção no debate sócio político e espiritualista sem o sucesso que alguns comemoram, exageradamente.

Não temos mais grande importância ou destaque neste cenário caleidoscópico e fragmentado deste momento histórico. Somos para os não iniciados no máximo, um grupo de pessoas curiosas, que professam crenças semelhantes aos kardecistas, para muitos, uma religião que em termos de difusão e expressão no cenário mundial tem uma presença midiática mais forte.

Sim porque para a maioria das pessoas, o esoterismo não passa de outro tipo de religião, de seita, com práticas exóticas, mas uma religião como outra qualquer.

Sempre foi para mim difícil explicar a alguém o que era ser rosacruz, obviamente em primeiro lugar pela associação imediata que a maioria dos interlocutores faz com a palavra “cruz”.

Agora o que percebo é apenas desinteresse ou um interesse efêmero, como são efêmeras todas as tentativas de manter foco intelectual em alguma coisa hoje em dia, tamanha a competição de estímulos em nossos sentidos.

Esta, aliás, é a explicação da nossa diminuição de espaço no imaginário popular: a competição de outras expressões culturais, tão importantes quanto o esoterismo, mas talvez mais atraentes na forma e na apresentação.

É difícil fazer o que Spencer Lewis fez, de modo admirável, no início do século XX, traduzindo para uma linguagem contemporânea textos de centenas de anos, técnicas guardadas por Sir Hyeronimus e seus poucos seguidores com o carinho que só os guardiães têm por aquilo que preservam.

E precisamos de novas mudanças didáticas se não quisermos perder mais mebros ao longo dos próximos anos.

Quando entrei na ordem, em 1975, tínhamos em torno de 100 mil afiliados, salvo erro da minha parte. Hoje oscilamos em torno de 25000, o que não é um número desprezível, mas evidentemente bem abaixo do que já foi no passado.

E se não houver uma mudança de abordagem ou de estratégia curricular, na transmissão do conhecimento principalmente aos membros de sanctum, temos poucas chances de melhorar estes números de afiliados e, temo, eles continuarão a cair.

Embora seja uma organização internacional e bem estruturada, não será por falta de empenho administrativo que o risco de desaparecimento gradual de Ordens esotéricas diminuirá. Anônima e gratuitamente existem milhares de pessoas em todo o planeta comprometidas com a manutenção do legado rosacruciano. É a sociedade que se modificou de modo vertiginoso, demandando um outro tipo de estratégia, um nova forma de exposição de antigos conhecimentos.

Só diagnosticar problemas não é suficiente; então passemos às possíveis soluções.



O impacto da ciência continuará aumentando na sociedade, mesmo com movimentos obscurantistas e retrógrados espalhados pelo mundo, como o grupo anti vacinas dos Estados Unidos, que colocam atualmente em risco a saúde pública americana com vírus que já estavam sob controle ou os movimentos criacionistas que combatem o Darwinismo e o raciocínio antropológico. Não sei como este conflito terminará, mas suponho que é difícil defender uma o uso de uma vela para leitura diante de uma lâmpada elétrica.

E, fora a ingenuidade de supor que a tecnologia tudo resolve e resolverá, é preciso admitir que já não há retorno a condições de vida chamadas “naturais”. Nossa sociedade é essencial e predominantemente artificial, e isto, a meu ver, aumentará ao longo do tempo.

Por isso nós, médicos, lutamos uma guerra aparentemente perdida na busca pelo aumento da atividade física em uma sociedade de hábitos cada vez mais sedentários e voltados ao ócio.

Embora perfeitamente possível, a prática de uma vida saudável exige mudanças de comportamento que o cotidiano de qualquer grande cidade do planeta insiste em desmobilizar.

Então, feito e encerrado este parêntese, minha proposta é que façamos uma nova adaptação didática aos novos tempos. E os novos tempos não são tempos de discurso, mas de ação e experimentação, bem ao gosto de uma sociedade cada vez mais positivista, no bom sentido.

Temos que pensar seriamente, por exemplo, na diminuição do número de monografias. São monografias demais com textos repetitivos, muitas vezes enfadonhos, biográficos, sem significado em termos de formação do rosacruz.

Segundo,: precisamos aumentar o caráter prático dos nossos estudos estimulando a construção e manutenção de laboratórios em nossos corpos afiliados que possam ser, segundo um planejamento de horários, utilizado por todos os rosacruzes daquela região. Isto fomentaria a frequência dos rosacruzes aos seus corpos afiliados, diminuindo o caráter e o aspecto religioso de nossos templos e recuperando nossa tradição dos tempos alquímicos, em que o laboratório era o templo da mesma forma que o templo era um laboratório.

Chamo a atenção para o trabalho discreto e entusiasmante do nosso humilde capítulo Suzano, aonde um grupo de abnegados trabalha na elaboração de ampliações artesanais de antigos gráficos de nosso tradicional manual, e no esforço que este ano fizemos para realizar estudos de visualização criativa e terapia rosacruz, via Skipe, entre corpos afiliados como Recife, Suzano e membros do Paraná e do Rio Grande do Sul, bem como a participação com todas as dificuldades previsíveis nestes encontros da Loja Manaus, no Amazonas.

Os Rosacruzes gostam de estudar e querem trabalhar. Nada mais óbvio que transformemos o corpo afiliado, Pronaos, Capítulo ou Loja, em um centro de pesquisas, retirando seu aparente aspecto de Igreja que infelizmente prevalece para algumas mentes desavisadas.

Como propus anos atrás, no final da gestão Parucker e início da gestão Helio de Morais, em um texto chamado “Diálogos Rosacruzes”, que pode ser encontrado no Blog, a Ordem poderia e deveria organizar seminários regionais e nacionais de busca de especializações em dons esotéricos, encontros estes que também estimulariam o trabalho da escola no país. Falamos muito sobre telepatia, telecinesia, sem ter em números um levantamento de quem são os melhores rosacruzes nestas habilidades, nem colocá-los em contato, uns com os outros, sob a égide da Grande Loja de cada Jurisdição.

Simpósios de telepatas ou telecinéticos rosacruzes poderiam estabelecer protocolos de melhorias destas técnicas para todos aqueles que não possuem tais habilidades e que gostariam de dominá-las. O aspecto prático e experimental deste tipo de atividade é indiscutível.

O terceiro ponto é o aspecto de suporte didático via internet. Cada Grande Loja, no nosso caso Curitiba, poderia desenvolver um departamento junto à divisão de Ensino para ficar a disposição de nossos membros no intuito de explicar e esclarecer dúvidas ou procedimentos em tempo real, em mais um esforço de evitar desvios de compreensão e juntos, Grande Loja e estudante de Sanctum, aprofundar o significado de trechos mais obscuros.

Se somos uma escola, temos que nos especializar em ensinar, em didatizar mais e mais aquilo que queremos transmitir. Este é o foco objetivo e prático de nosso trabalho no século XXI.

Só o fato de transformarmos corpos afiliados de meras entidades burocrático-ritualísticas em laboratórios coletivos já seria um grande passo educacional, e, acho eu, melhoraria em muito a frequência e a aderência às praticas templárias.

Ficam as sugestões. Se o esoterismo é cada vez menos importante já que vivemos em um mundo tumultuado, em constante transformação , este blog, como tal, não é um sucesso de audiência; mas não custa lançar as sementes. Que caiam, com as bênçãos do Cósmico, em terreno fértil.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

COMO MANÁ



Por Mario Sales,FRC


Douglas C. Engelbart


Enquanto escrevo este texto usando a criação de Christopher Sholes, mexo no periférico construído por William "Bill" English, engenheiro da Universidade do Kentucky, com mestrado em Stanford. Bill seguiu as orientações de Douglas C. Engelbart (nascido em Portland, 30 de janeiro de 1925 — e falecido em Atherton, 2 de julho de 2013). Depois de muitas idas e vindas que começaram em 1945, ainda no exército, “em 9 de dezembro de 1968 Engelbart e o seu grupo demonstraram o equipamento na "Fall Joint Computer Conference", em San Francisco, operando diante de uma vasta audiência acessórios como um teclado, um mouse e um microfone, colocado na cabeça.”[1]


Willian “Bill” English

Se Engelbart entrasse em um supermercado nos anos setenta do século passado, ninguém o aplaudiria; tampouco nos anos oitenta. E isto por que, embora ele e sua equipe tivessem inventado um dos periféricos mais cotidianos na vida de todos nós, com a ajuda de William "Bill" English, ninguém saberia disso.
Via de regra as pessoas que trabalham hoje em dia usando um teclado, (inventado por Christopher Sholes) , ou um mouse (produto do gênio inventivo de Engelbart e Bill English) não tem e não teriam a menor curiosidade de saber quem criou, e o trabalho mental e físico que custou realizar e introduzir na vida cotidiana, estes pequenos instrumentos que são, juntos, as canetas e os lápis de nossa época.



Christopher Sholes


Usufruímos dos benefícios tecnológicos e aceleramos nossa capacidade de trabalho e interação sem darmos atenção à história e ao esforço por trás de cada centímetro de avanço.
Mesmo que na mesma Torah a maldição divina sobre Adão fosse bem clara já no Gênesis 3,19: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.”, para a grande maioria das pessoas, é como se tudo caísse do céu, como o Maná bíblico.
Tudo parece fácil, depois de conhecido.
Tudo parece simples, aos olhos de quem pensa com simplicidade. E nada, nada é mais falso do que esta impressão de facilidade e simplicidade no trabalho de construção de uma sociedade e de um conjunto de recursos, que hoje usamos a todo momento, displicentemente.
Ignorância não é pecado, mas também não é uma virtude.
Ela gera ingratidão e indiferença às coisas da vida e as pessoas que criaram as condições para a melhoria da qualidade de nossa vida como indivíduos e como sociedade.
E assim, se alguém deveria merecer uma estátua, nestes dias infernais de verão no hemisfério sul este alguém é Willis Carrier (nascido no Condado de Erie, 26 de novembro de 1876 – e falecido em Nova Iorque, 7 de outubro de 1950) um engenheiro , com formação na Universidade de Cornel.


Willis Carrier




Ele é simplesmente o inventor do ar condicionado, em 17 de julho de 1902, esta bênção que me permite atravessar estes três meses de proximidade do Sol sem desconforto.

Estes são quatro exemplos de pessoas que criaram instrumentos de bem-estar para todos a sua volta, que com seu intelecto serviram a todos os membros da humanidade. 
Quanto mais os anos passam, mais eu sinto fascínio e respeito por homens e mulheres assim, comprometidos com a criação e não com a destruição, com a geração de qualidade de vida para milhões de pessoas.
São pessoas que não discutem por discutir, mas buscam novas idéias e meios de fazer melhor aquilo que sempre foi feito de outro jeito, pior e mais primitivo.
Este é o espírito do serviço. 
A ciência e a engenharia são, pois, uma manifestação do serviço a humanidade, sem discursos, sem músicas de fundo, no silêncio de pranchetas e de laboratórios.
A discrição e o anonimato dessas pessoas, para mim, chega a ser injusto, mas eles provavelmente não se importam ou se importaram com isso. Sua satisfação era e sempre será ter feito algo bom que compartilharam com sua espécie.
Quem pode negar que este feito não está cheio de altruísmo?
Quem pode negar que aí reside a natureza prática do dar e do receber?
Esses homens e mulheres entraram e saíram do mundo sem passar pelo ridículo status de celebridades. Transformaram o mundo com discrição e ciência. Falaram pouco e fizeram muito.


Pudessem os místicos entender este exemplo e imitá-los.

Este é meu mais sincero desejo.


[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Douglas_Engelbart

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

BASES NEUROFISIOLÓGICAS DO SONHO: Sidarta Tollendal Gomes Ribeiro

Os místicos em seus encontros esotéricos sempre comentam a importância dos sonhos na busca do auto conhecimento. Existem escolas como a Tradicional Ordem Martinista que dedicam dois encontros específicos ao estudo de uma classificação e tipologia própria dos Sonhos. 
É interessante, por isso, acompanhar o que temos hoje em relação a este fenômeno, a experiência onírica, e suas correlações com a neuroanátomofisiologia , de forma a observar mais de perto este momento peculiar da consciência, podendo ao final chegar a conclusão exposta nesta palestra de que "sonhos não são oráculos determinísticos, mas sim antecipações probabilísticas" que nos ajudam a lidar com os problemas do dia a dia e aprofundam nossas habilidades em resolvê-los.
Altamente erudita e rica em informações, a palestra do Dr. Sidarta é particularmente esclarecedora e mostra como hoje fazemos a leitura neurofisiológica de afirmações freudianas e junguianas, que antes foram entendidas como meramente especulativas, e que se mostram, contemporaneamente, pertinentes e atuais.