Multi pertransibunt et augebitur scientia (Muitos passarão, e o conhecimento aumentará).

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

OLIVER SACKS

Oliver Sacks ficou famoso quando tornou-se personagem de seu próprio livro, "Tempo de Despertar", que foi levado ao cinema, sendo representado por ninguém menos que Robin Willians, numa produção de 1990, aonde relata-se a luta de um neurologista em um hospital público para fazer ciência, entre a falta de interesse diagnóstico causada pelas péssimas condições de trabalho e pela aparentemente falta de recursos terapêuticos que faz tantos médicos, eu entre outros, experimentarem um enorme grau de frustração com a situação da medicina. Embora tenhamos conseguido muitos progressos, a idéia de que nós médicos tenhamos total domínio sobre as doenças do mundo é, além de irreal, infantil e tola. Muitos quadros, e hoje entre eles as demências orgânicas como o Alzheimer, nos desafiam e nos derrotam dia a dia, levando-nos a uma situação de administradores do inevitável e testemunhas quase passivas da progressiva destruição de personalidades outrora extremamente interessantes e, por causa da doença, reduzidas a meras sombras distorcidas de seu brilho do passado.
Oliver Sacks, como neurologista, mas muito mais como ser humano, é capaz de traduzir de maneira simples um senso de empatia com a dor alheia que caracteriza os seres humanos diferenciados, capazes de se comover, sem ser piegas, com a dor alheia, e de se preocupar, mesmo contra todas as evidências, de acreditar que é possível fazer mais e melhor por seus pacientes, sejam quais sejam as condições em que nos encontremos.
Um exemplo como ser humano e profissional que eu gostaria de compartilhar com voces.




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