Por Mario Sales, FRC,S.:I.:,M.:M.:
Quando prego, de modo às vezes aparentemente solitário, já que tenho certeza que existem os que cerram fileiras comigo, o combate ao Obscurantismo e à superstição dentro das escolas esotéricas, talvez nem sempre fique clara a importância deste combate.
Nós, os místicos, já fomos vítimas da perseguição e dos carrascos do estado. Um frater nosso passou pela experiência de ser guilhotinado, Lavoisier, embora nossos templos jamais, que eu saiba, tenham sido violados.
Existiam rosacruzes entre os cátaros.
Provavelmente pereceram com todos que lá estavam em decorrência do ataque sanguinário das tropas do papa Inocêncio III.
Diz a Wikipedia:
"A cruzada albigense (denominação derivada de Albi, cidade situada ao sudoeste da França), também conhecida como cruzada cátara ou cruzada contra os cátaros, foi um conflito armado que aconteceu em 1209 e 1244, por iniciativa do Papa Inocêncio III com o apoio da dinastia dos Capetos (reis da França na época), com o fim de reduzir pela força o catarismo, um movimento religioso qualificado como heresia pela Igreja Católica e assentado desde o século XII nos territórios feudais do Languedoque; favorecendo a expansão para sul das posses da monarquia capetiana e os seus vassalos.
A guerra, que se desenvolveu em várias fases, começou com o confronto entre os exércitos de cruzados súditos do rei Filipe Augusto da França com as forças dos condes de Tolosa e vassalos, provocando a intervenção da Coroa de Aragão que culminou na batalha de Muret. Numa segunda etapa, na qual inicialmente os tolosanos atingiram certos sucessos, a intervenção de Filipe Augusto decidiu a submissão do Condado, ratificada pelo Tratado de Paris. Numa prolongada fase final, as operações militares e as atividades da recém criada Inquisição focaram-se na supressão dos focos de resistência cátara, que desprovidos dos seus apoios políticos, terminaram por ser reduzidos. A guerra teve episódios de grande violência, provocou a decadência do movimento religioso cátaro, o ocaso da até então florescente cultura languedociana e a formação de um novo espaço geopolítico na Europa ocidental."
A guerra, que se desenvolveu em várias fases, começou com o confronto entre os exércitos de cruzados súditos do rei Filipe Augusto da França com as forças dos condes de Tolosa e vassalos, provocando a intervenção da Coroa de Aragão que culminou na batalha de Muret. Numa segunda etapa, na qual inicialmente os tolosanos atingiram certos sucessos, a intervenção de Filipe Augusto decidiu a submissão do Condado, ratificada pelo Tratado de Paris. Numa prolongada fase final, as operações militares e as atividades da recém criada Inquisição focaram-se na supressão dos focos de resistência cátara, que desprovidos dos seus apoios políticos, terminaram por ser reduzidos. A guerra teve episódios de grande violência, provocou a decadência do movimento religioso cátaro, o ocaso da até então florescente cultura languedociana e a formação de um novo espaço geopolítico na Europa ocidental."
Ou seja, o obscurantismo tem muitas faces. Esconde questões políticas, a luta pelo poder, sobre terras ou mentes, e inclui inclusiveo poder de estabelecer qual é a Fé verdadeira.
E porque me refiro a este triste episódio?
Porque este é o final de todo obscurantismo: a tirania e a violência.
A minha intransigência com este que é o vírus mais mortal da sociedade humana, que se infiltra de modo insidioso, que se aproveita da ausência de capacidade crítica e da extrema ingenuidade de alguns nos modos de pensar o mundo e as informações, é a arma preferida dos charlatães, mas também dos ditadores, dos radicais religiosos e de todos os inimigos da luz em geral.
Eles fazem a sua parte, não podem evitar. Em um mundo dual alguém tem que representar a coluna da esquerda.
Nós devemos no entanto fazer a nossa parte , nós, os filhos da coluna da direita, levando sempre em consideração de que não há meio termo entre ambas, a não ser quando se alcança a maestria.
Toda vez que o Mal avança sobre nós, ele exerce seu papel e sempre será enfraquecido pela nossa ação reparadora.
Da mesma maneira, quando alguém da coluna da direita não é capaz de exercer uma análise criteriosa de informações descabidas que nos atingem todos os dias, disfarçadas de verdades indiscutíveis, como se fora Deus existisse tal coisa, (“verdades indiscutíveis”), o Mal avança.
Superstição e Misticismo
Pode um místico devidamente iniciado nos mistérios de escolas tradicionais crer no poder de amuletos?
Pode um iniciado supor que algum objeto é superior à sua vontade na intervençaõ no real?
Teoricamente não. E o que vemos em nossas fileiras? Preocupantes manifestações de superstição e crendice adequadas a mentes menos elaboradas.
E quando falo menos elaboradas não me refiro a menos intelectualizadas. Repito o que já disse em outra oportunidade: sagacidade não é privilégio das pessoas com boa educação como não é proibida para aqueles que não tiveram uma educação formal diferenciada.
A ausência de títulos não faz de ninguém um tolo e a presença deles não transforma seu possuidor em sábio.
Sagacidade é a habilidade de perceber as intenções de outros para além de suas palavras.
É intuição, aplicada às relações humanas, às relações sociais.
Nenhum místico deve-se se deixar enganar ou pode se deixar enganar por um embusteiro. E se o permitir, merecerá o preço que pagará por sua ingenuidade.
Quando a Ordem Rosacruz fala em tolerância não quer dizer condescendência, permissividade, ausência de pensamento crítico. Tolerância não é estupidez. É capacidade de compreensão.
Devemos ser capazes de perceber a intenção malévola do charlatão, mas sem julgarmos seu comportamento, ou condená-lo apenas por manifestar instintivamente a sua natureza ruim.
Parafraseando o Cristo, “eles não sabem o que fazem.”
Merecem nossa compaixão, mas nunca que nos deixemos arrastar por seus cantos de sereia.
Se alguém se aproxima de um místico com a intenção de enganá-lo com métodos milagrosos de cura, máquinas fantásticas, que transcendem o conhecimento científico atual, nossa obrigação como místicos é pensar: algo está errado.
Não só as pessoas cultas pensam; as pessoas sagazes também o fazem.
E, pasmem, chegam às mesmas conclusões que uma pessoas treinada nos caminhos do pensamento chegaria.
A sagacidade do místico é o Olho de Deus, o Olho que tudo Vê.
É Sofia, a companheira do Todo Poderoso na Criação.
Todos nós místicos devemos render culto à Sofia, sob pena de nos tornarmos pueris em nossa conduta e confundirmos misticismo com crendices sem fundamento.
Toda minha paixão ao defender este tema, talvez até aparentemente excessiva, se baseia em um fato muito simples: meu amor ao Misticismo e principalmente ao Misticismo Rosacruz.
Nossa escola tem uma nobre História ao longo dos séculos e parte dela é conhecida pelos nomes que se sucederam na construçaõ do pensamento humano (John Dee, Francis Bacon, Renée Descartes, Leibnitz, Sir Isac Newton, Debussy, Eric Satie), mas, além deles, também por um grupo de pessoas anônimas, comerciantes, donas de casa, professores, na Antiga Europa e na América, que aparentemente não deixaram seu nome impresso na História da Humanidade mas fizeram com seu esforço de preservação da Tradição Rosacruz um inestimável serviço a esta mesma Humanidade que nem mesmo os conhece.
Repito: o obscurantismo começa pela superstiçaõ e termina nas fogueiras e nos calabouços.
Nosso período aparentemente é luminoso,mas o Obscurantismo está a espreita, incansável.
Toda vez que concedemos espaço para superstições, que nos recusamos a pensar de modo cético, pelo menos metodologicamente, flertamos com a Escuridão, decapitamos mais uma vez Lavoisier e queimamos Giordano Bruno novamente.
Devemos estar atentos ao alerta bíblico: “Vigiai e Orai”, que eu modificaria para “Orai, sim, mas Vigiai incessantemente”.
A minha intransigência com este que é o vírus mais mortal da sociedade humana, que se infiltra de modo insidioso, que se aproveita da ausência de capacidade crítica e da extrema ingenuidade de alguns nos modos de pensar o mundo e as informações, é a arma preferida dos charlatães, mas também dos ditadores, dos radicais religiosos e de todos os inimigos da luz em geral.
Eles fazem a sua parte, não podem evitar. Em um mundo dual alguém tem que representar a coluna da esquerda.
Nós devemos no entanto fazer a nossa parte , nós, os filhos da coluna da direita, levando sempre em consideração de que não há meio termo entre ambas, a não ser quando se alcança a maestria.
Toda vez que o Mal avança sobre nós, ele exerce seu papel e sempre será enfraquecido pela nossa ação reparadora.
Da mesma maneira, quando alguém da coluna da direita não é capaz de exercer uma análise criteriosa de informações descabidas que nos atingem todos os dias, disfarçadas de verdades indiscutíveis, como se fora Deus existisse tal coisa, (“verdades indiscutíveis”), o Mal avança.
Superstição e Misticismo
Pode um místico devidamente iniciado nos mistérios de escolas tradicionais crer no poder de amuletos?
Pode um iniciado supor que algum objeto é superior à sua vontade na intervençaõ no real?
Teoricamente não. E o que vemos em nossas fileiras? Preocupantes manifestações de superstição e crendice adequadas a mentes menos elaboradas.
E quando falo menos elaboradas não me refiro a menos intelectualizadas. Repito o que já disse em outra oportunidade: sagacidade não é privilégio das pessoas com boa educação como não é proibida para aqueles que não tiveram uma educação formal diferenciada.
A ausência de títulos não faz de ninguém um tolo e a presença deles não transforma seu possuidor em sábio.
Sagacidade é a habilidade de perceber as intenções de outros para além de suas palavras.
É intuição, aplicada às relações humanas, às relações sociais.
Nenhum místico deve-se se deixar enganar ou pode se deixar enganar por um embusteiro. E se o permitir, merecerá o preço que pagará por sua ingenuidade.
Quando a Ordem Rosacruz fala em tolerância não quer dizer condescendência, permissividade, ausência de pensamento crítico. Tolerância não é estupidez. É capacidade de compreensão.
Devemos ser capazes de perceber a intenção malévola do charlatão, mas sem julgarmos seu comportamento, ou condená-lo apenas por manifestar instintivamente a sua natureza ruim.
Parafraseando o Cristo, “eles não sabem o que fazem.”
Merecem nossa compaixão, mas nunca que nos deixemos arrastar por seus cantos de sereia.
Se alguém se aproxima de um místico com a intenção de enganá-lo com métodos milagrosos de cura, máquinas fantásticas, que transcendem o conhecimento científico atual, nossa obrigação como místicos é pensar: algo está errado.
Não só as pessoas cultas pensam; as pessoas sagazes também o fazem.
E, pasmem, chegam às mesmas conclusões que uma pessoas treinada nos caminhos do pensamento chegaria.
A sagacidade do místico é o Olho de Deus, o Olho que tudo Vê.
É Sofia, a companheira do Todo Poderoso na Criação.
Todos nós místicos devemos render culto à Sofia, sob pena de nos tornarmos pueris em nossa conduta e confundirmos misticismo com crendices sem fundamento.
Toda minha paixão ao defender este tema, talvez até aparentemente excessiva, se baseia em um fato muito simples: meu amor ao Misticismo e principalmente ao Misticismo Rosacruz.
Nossa escola tem uma nobre História ao longo dos séculos e parte dela é conhecida pelos nomes que se sucederam na construçaõ do pensamento humano (John Dee, Francis Bacon, Renée Descartes, Leibnitz, Sir Isac Newton, Debussy, Eric Satie), mas, além deles, também por um grupo de pessoas anônimas, comerciantes, donas de casa, professores, na Antiga Europa e na América, que aparentemente não deixaram seu nome impresso na História da Humanidade mas fizeram com seu esforço de preservação da Tradição Rosacruz um inestimável serviço a esta mesma Humanidade que nem mesmo os conhece.
Repito: o obscurantismo começa pela superstiçaõ e termina nas fogueiras e nos calabouços.
Nosso período aparentemente é luminoso,mas o Obscurantismo está a espreita, incansável.
Toda vez que concedemos espaço para superstições, que nos recusamos a pensar de modo cético, pelo menos metodologicamente, flertamos com a Escuridão, decapitamos mais uma vez Lavoisier e queimamos Giordano Bruno novamente.
Devemos estar atentos ao alerta bíblico: “Vigiai e Orai”, que eu modificaria para “Orai, sim, mas Vigiai incessantemente”.
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