por Mario Sales, FRC.: ,SI.:, M.: M.:
abril 1994
Nós místicos de muitas eras
como todos os outros antes de nós
dedicamo-nos ,permanentemente, a desenvolver o dom.
Alguns de nós aperfeiçoam as viagens no tempo
e há aqueles que desenvolvem os dons da cura.
A mim foi dado o dom de perceber as verdades atrás dos silêncios
e de conhecer o que vai oculto nas almas dos homens.
Alguns de nós se purificam pela fé
e outros fazem de suas auras escudos impenetráveis contra o mal.
A mim foi dado o dom de ouvir pedidos velados de auxílio
e de acudir aqueles que apenas tartamudeiam suas dores.
A mim foi dada a missão de veicular com palavras os discursos do Karma
e de transformar em textos os herméticos sons do coração.
Traduzir,é isto que faço.
Transformo sofrimento em adjetivos,
dores em substantivos,
frustrações em interjeições.
Uns lêem cartas ,búzios ou copos de água;
outros lêem estrelas.
A mim foi dado o dom de ler os olhos e as contrações
de uma face aflita.
Nós,místicos de muitas eras,temos
cada um ao seu modo,
motivos e funções para nossa existência.
Somos os instrumentos.
Dentre êstes,sou a agulha que lê o disco,
o programa que interpreta,
automático,
as informações nervosas e variadas
que penetram pelas mãos,
tensas,
de quem as digita.
Sou o tradutor.
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