por Mario Sales, FRC,SI,CRC 18°
Foi uma questão levantada pela vaidade que me fez fazer esta
reflexão.
Minha filha mais nova me questionou a falta de espelhos no
seu apartamento, em fase de montagem.
Generalizou a questão, indagando como era possível às
mulheres de antigamente viver sem espelhos.
Respondi que na ausência de superfícies polidas de latão,
poderia se recorrer às águas tranquilas de um lago ou de um riacho, na busca de
um reflexo orientador.
E concluí: "Na ausência de um reflexo perfeito,
qualquer reflexo já traz uma orientação melhor que a ausência dele".
Foi nesse momento que me apercebi que somos, todos, um
reflexo da divindade, deveras imperfeito, já que o Mundo da Vida tem uma imagem
distorcida da perfeição de onde ele emana. A palavra "distorcida"
talvez não seja feliz e deva ser substituída pela expressão "pouco
clara".
Todo o processo de busca de harmonia e fusão, Yoga, com o
Criador, se dá pelo esclarecimento progressivo deste reflexo, pelo polimento
cada vez maior do espelho em que estamos refletidos, este mundo, no qual
vivemos.
De qualquer maneira, na opinião divina, segundo tudo indica,
ter-nos como reflexo, mesmo imperfeito, é uma alternativa melhor a não ter
nenhum reflexo e já garante uma orientação na sua própria e magnificente
evolução e auto cuidado.
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