Multi pertransibunt et augebitur scientia (Muitos passarão, e o conhecimento aumentará).

segunda-feira, 16 de junho de 2014

ANIVERSÁRIO DE MESTRE REGINALDO



Na biblioteca lá em casa, jantar da Confraria In Vino Veritas



Hoje , 16 de junho, aniversário de nascimento de Frater Reginaldo Leite.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

HOJE COMEMORAMOS

por Mario Sales e Amadeu Maia, FRC e SI



A morte não é nada. 
Eu somente passei 
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, 
eu continuarei sendo.
Me dêem o nome 
que vocês sempre me deram, 
falem comigo 
como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo 
no mundo das criaturas, 
eu estou vivendo 
no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene 
ou triste, continuem a rir 
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi, 
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.
A vida significa tudo 
o que ela sempre significou, 
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora 
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora 
de suas vistas?
Eu não estou longe, 
apenas estou 
do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi.

Santo Agostinho


Celebramos hoje dois anos da transição de Mestre Reginaldo Leite e achamos por bem relembrá-lo com alegria e gratidão.
Alegria, por que sua memória nos traz momentos primorosos de boas e enriquecedoras conversas, boas piadas, bons vinhos.
Gratidão pelos maravilhosos anos de amizade que nos deu enquanto próximo a nós, com sua gargalhada franca, seu jeito bonachão, sua mente aguçada e rápida.
Já não sentimos mais a sua falta como sentíamos antes. Sua presença se fortaleceu nos últimos meses em nossas mentes e em nossos corações.
Compartilhamos com todos que tiveram o privilégio de participarem de algum de seus poucos cursos ou que privaram com ele em algum diálogo de esclarecimento a satisfação de dizer: este homem fez e faz parte de nossas vidas e por isso, somos gratos e nos sentimos felizes.
Quanto a Morte, deixemos que os mortos enterrem os seus mortos. Hoje celebramos a Vida de Mestre Reginaldo, que nos enriqueceu com seu conhecimento e sua imensa generosidade ao compartilhar.
Brindemos todos. Reginaldo hoje, dois anos após sua transição, vive em nós.

Assim Seja

segunda-feira, 2 de junho de 2014

O FLUXO

por Mario Sales, FRC,SI,CRC




Neste particular momento desta encarnação, aonde cada vez mais minha noção de mim desaparece mais e mais para dar lugar a um estado de imersão no Todo à minha volta, de modo quase permanente, considerações sobre este Fluxo em que estou mergulhando ou mergulhado, não sei bem, aos poucos vão tomando meus pensamentos e reflexões.
O Fluxo é o nome de uma corrente de consciência que corresponde ao tráfego dos Registros Akhásicos. Sim, tráfego, já que os Registros não são estáticos, mas estão em constante movimentação entre cabeças intuitivas que os captam como as antenas de satélite captam os sinais de TVs por assinatura.
A expressão "antenado" é extremamente feliz ao representar e descrever certos tipos de seres humanos capazes de perceber "no ar" as inovações tecnológicas ou conceituais que atingem, direta ou indiretamente toda a raça humana.
É preciso estar no Fluxo, sem aspas, para ter a capacidade de receber as informações que só o Fluxo traz.
É por causa do Fluxo, por exemplo, que sei que, se quisermos definir anatomicamente aonde o Fluxo flui por nós, basta colocar a mão no centro do peito.
É no chakra cardíaco, o Anahata Chakra, que o Fluxo mergulha em nós e nos transpassa.
Tudo que é importante saber sobre o mundo ou sobre a humanidade, chega primeiro como um sentimento, ao coração. É sentido, não compreendido, quase como numa afirmação de que o sentimento é o modo compacto pelo qual a informação viaja.
Caso exista relevância entre o que se sente e aquilo que nossa bagagem cultural sente afinidade e compreende, imediatamente começa o processo de tradução desta sensação em informação racional, e cada bit emocional implica em páginas e páginas de descrição intelectual.
Por isso a Intuição Captativa consegue nos fornecer em muito pouco tempo uma enorme quantidade de informações, a maioria das vêzes através de imagens e símbolos, outra forma sintética de transmitir uma idéia.
A língua que usamos para falar e conversar tem, como se sabe, muitas limitações de expressão, sendo comuns equívocos interpretativos.
A palavra falada é nosso único e comum recurso de interação intelectual. O Fluxo, entretanto, permite-nos o intercâmbio emocional, direto, sem dubiedades, o que as pessoas chamam de Telepatia.
Telepatia, que muitos supõem ser a conversa entre duas mentes, é, antes de tudo, o diálogo entre dois corações.
São os sentimentos que conversam e que respondem como partículas essenciais do Fluxo. Eles são, como disse, os bits elementares que carregam trilhões de imagens, cada uma capaz de ser transformadas em um tratado intelectual.
Pessoas inspiradas nada mais são que bons receptores do Fluxo, despidas das ilusões de que são a fonte da Sabedoria Universal. Somos, se soubermos ser, boas antenas, bons captadores, mas a Mente Cósmica é muitas vêzes maior que a nossa, a qual é apenas uma pequena parte dela, como tantas outras mentes na face da Terra e de outros mundos.
Sim, aonde existir vida e consciência, o Fluxo fluirá, conectando a todos nós partícipes desta aventura de conhecimento compartilhado, enchendo nosso coração de maravilhosas idéias, de fantásticas concepções, sejam de cunho prático científico, sejam de natureza filosófica ou comportamental.
E como perceber ou melhorar a nossa percepção deste Fluxo? Numa palavra , Meditação.
É no estado meditativo, quando acalmamos o turbilhão da Mente que o Fluxo pode fluir com perfeição através de nós.
É no estado meditativo que, passo a passo, esquecemos primeiro nossos títulos, depois nossa posição social, nossos relacionamentos e vínculos afetivos, nosso nome , sexo, idade. Pouco a pouco a Mente mergulha no estado de Dharana, a perfeita concentração, o qual uma vez atingido nos remete a próxima fase, Dhyana, o Estado Meditativo, de onde o karma nos puxa de volta, e para o qual, num esforço consciente, tornamos a voltar.
A Meditação contínua, ininterrupta, é muito difícil de conseguir. Minutos já são suficientes para se dizer um bom meditador. Uma hora ou mais é coisa para grandes mestres.
Isto, meditar, é mergulhar voluntariamente no Fluxo, "...e ali permanecer, com pureza e dignidade."
Meditemos pois. Em alguns minutos, é como se lêssemos milhares de títulos e ouvíssemos dezenas de sinfonias.
Aliás, de todas as práticas humanas, a mais próxima do Fluxo em natureza é a Arte, e entre as Artes, a mais sensível a este mesmo Fluxo é a Grande Música.
Ouvir os grandes mestres da música de todos os tempos, inclusive os contemporâneos, é exercitar nossa sensibilidade, e por isso, preparar-nos para uma captação das inspirações do Fluxo mais perfeita.
Sensibilidade, não inteligência, é a palavra, na captação.
A inteligência é sempre secundária, descritora que é das inspirações que o Fluxo traz em pacotes quânticos de idéias.
Todos, sem distinção, tem possibilidade de acessar este manancial inesgotável.
Mãos à obra então, e sentimentos de sobra, para fazê-lo.