Multi pertransibunt et augebitur scientia (Muitos passarão, e o conhecimento aumentará).

terça-feira, 30 de setembro de 2014

GLÓRIA ARIEIRA

No Rio de Janeiro, minha terra natal, todos nós que interagimos dentro do espirito hinduísta e da Yoga, temos profundo respeito pelo trabalho e pela reputação de Glória Arieira, que há mais de três décadas teve e tem um papel fundamental na elevação do nível de conhecimento sobre Sânscrito e Vedanta no país.
E para homenageá-la e mostrá-la a quem não é do meio, trago este vídeo de uma palestra sua de 15 de abril próximo passado, em 2014 aonde fala sobra a tradição védica.
Prestem atenção. Esta mulher pequena, hoje com cabelos grisalhos, é a mais importante mestra vedântica do país.

O MAHAMANTRA EM LOUVOR A KRISHNA

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

SUA SANTIDADE O DALAI LAMA

Poucas pessoas tem a serenidade e o bom senso deste líder espiritual e por causa disso sua mensagem não arrebatará multidões. O ser humano identifica-se muito facilmente com que é parcial, polar, e tem dificuldade de conviver com aquilo que balanceia ambos os lados, um discurso de equilíbrio.
É este o tipo de discurso do Dalai Lama, equilibrado, bem humorado, franco, sem mistificações.
Enfim , um discurso da maturidade do espírito, sem fantasias, sem extremismos.
Abaixo , uma visita do Dalai Lama ao Brasil, em 2006, transformada em um belísimo DVD de 2hs e 28 minutos de duração.
Deixem pra assistir em um sábado de manhã, com calma. Não vejam em partes. Mergulhem nesta experiência de equilíbrio e sinceridade, riam com ele com sua simplicidade, mesmo sendo a maior autoridade budista do mundo.  E comovam-se no final ao testemunhar o encontro da Catedral da Sé entre muitas linhas de pensamento religioso irmanadas em um único e ecumênico ritual.
Bom vídeo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

THE SILK ROAD ENSEMBLE: YANZI

A música do Cazaquistão. 

"Os cazaques são um povo turcomano originário das estepes da Ásia central, que possuem características físicas semelhantes às dos mongóis. São ainda constituintes da principal parcela da população da atual República do Cazaquistão, uma ex-república soviética, e uma minoria étnica na Rússia, China , Mongólia e no Irã." (wikipedia)
"Neste conhecida canção popular chinesa, cazaque na origem, o cantor aborda uma garota chamada Yanzi (andorinha), elogiando seus olhos brilhantes, gracioso pescoço e cabelos longos. "Por favor, não esqueça de sua promessa e mudar o seu coração", ele canta. "Eu sou teu e tu és o meu gole.""

domingo, 14 de setembro de 2014

GRUPO VIRTUAL DE ESTUDOS MARTINISTAS LEITURA ANALÍTICA DE "O MINISTÉRIO DO HOMEM ESPÍRITO", DE LOUIS CLAUDE DE SAINT MARTIN





por Mario Sales, FRC,SI,CRC 18°

(reflexões ao som de Saint-Saens Cello Concerto No.1 Op.33 In A Minor - Mitslav Rostropovich)

Foi com muita alegria de nossa parte que pudemos finalmente ter Frater Francisco Canalli participando de nosso mini fórum das sextas. Para minha tristeza, ainda não aconteceu a estréia de Fernando em Porto Alegre, mas tudo a seu tempo.
Nossa defecção foi mestre Wilson Hackmey, por problemas de saúde na família. E surpreendentemente, Mestre Felipe Lozzano estava na reunião desta vez.
Um encontro atípico, mas muito produtivo.Só continuo achando muito tarde, tanto eu como Flávio, já que somos, pelo menos no meu caso, desde quinta feira passada, quase sexagenários, e começar uma leitura às 21 e 30hs não é a minha preferência.
Fora estas considerações, eu, Flávio, Felipe e Francisco fomos em frente a partir da página 85 da Edição da Diffusion Rosacruciene do livro em questão.
Saint Martin fala aqui da dificuldade do homem comum de se transformar em outro tipo de pessoa, e do quanto esta transformação, em suas palavras, é dolorosa.
Francisco deve ter se assustado. Talvez por ser a primeira vez que participa comigo de um debate, talvez não saiba que, a paixão e o calor me tornam veemente em excesso, para ser eufêmico.
E isto porque ao ler a palavra "dolorosa", como adjetivo desta transformação, comentei que esta era mais uma demonstração do quanto o caminho dito cristão do sofrimento faz parte da visão do Filósofo Desconhecido, pelas razões já discutidas em outros publicações aqui no blog.
Francisco ponderou, serenamente, que para ele, ao contrário, certas transformações eram sim dolorosas, porque afetavam seres humanos comuns, fato com o qual concordo. Mas ao desenvolver seu argumento ele citou um dos axiomas martinistas, acerca da necessidade da busca do retorno ao estado de plenitude do qual saímos durante o fenômeno conhecido como "A Queda".
Ato contínuo, lá estava eu a fazer discursos, e nem me dei conta do quão emocionadamente eu o fazia até tê-lo terminado.
O pessoal de Guarulhos já conhece minha posição e talvez não tenham se assustado com minha paixão ao analisar certos axiomas martinistas, principalmente este, de que estávamos bem e perdemos este bem por causa do pecado, o qual considero inadequado, antiquado e inaceitável, e isto tudo pelo fato de que, como já cansei de dizer, para mim, como descrito por Moisés, o autor desta descrição mítica, o Paraíso era na verdade um Inferno.
E eu explico: lá, não tínhamos dor, morte ou corrupção, ou seja, não tínhamos vida. Nada acontecia, apenas a eternidade, sem início, sem fim. Todas as necessidades satisfeitas, nada de desafios, sem motivações, sem novos horizontes a explorar.
O Paraíso, como tal , era um lugar de Morte, de não existência, do qual, graças ao bom Deus, fomos expulsos. Só quando saímos de lá, energia positiva e negativa, pólos masculino e feminino, a Criação, como a conhecemos, passou a existir.
Antes o Limbo da Existência na Não Existência; depois, a Existência no espaço tempo, o cotidiano, a paixão, o sangue, a respiração.
Que felicidade.
Pudemos finalmente, sentir o sol da tarde em nosso rosto, a mais fabulosa sensação de uma vida, o cheiro das rosas, o suceder no Céu das Luzes, o contemplar das estrelas.
Não, não caímos, progredimos, de um Não Ser para o Ser.
Peço desculpas ao Frater Francisco pela paixão com que defendo esta posição. É mais forte do que eu e em nenhum momento isto tem qualquer conotação de querer impor uma compreensão, mas todo o meu ser crê na inadequação deste mito do Paraíso e da Queda hoje, em nossa época, e em nossa civilização.
Aí já tínhamos fugido ao tema de Saint Martin.
Esses estudos são assim. Às vêzes enveredamos por uma trilha a beira da estrada principal de pensamento e nos perdemos por horas ali, no meio da floresta ao lado da estrada principal.
Mas tudo bem, é assim que se debatem as idéias.
E quando o foco é claro e a intenção justa, debates paralelos são como as estradas para Roma: todas levam ao mesmo lugar.
Nesse momento, Flávio já havia comentado de que não entendera o trecho em questão como uma declaração de que a transição é sempre dolorosa. Mas depois se calou e só acompanhou a leitura sem fazer qualquer intervenção e não ficou claro sua real posição sobre o trecho.
A verdade é que não nos vejo na mesma posição que o homem de que Saint Martin fala.
Todos nesta reunião são antigos iniciados. Todos nós somos ou temos sido leais servidores da rosacruz, trabalhando por ela desinteressada e dedicadamente.
Todos somos espiritualistas diferenciados e prova disso é que optamos voluntariamente por estar sexta feira a noite juntos, discutindo temas e textos de outro espiritualista, o qual publicou seus pensamentos mais de duzentos anos atrás.
Há em todos nós grande satisfação em fazer esses exercícicos aos quais nenhum de nós é ou foi obrigado.
O que nos motiva é a força de Deus em nós, o fato de sermos rosacruzes, martinistas e maçons, pelo menos dois de nós.
Ou seja, somos iniciados. Não podemos pensar a transformação de nosso interior como algo doloroso, já que esta transformação é tudo que buscamos e que nos motiva, é tudo que desejamos para nós e para nossa família.
Francisco falava orgulhoso de que seu filho, com apenas 18 anos, já é um rosacruz iniciado no 1° grau de templo, e recentemente foi iniciado no Martinismo.
Esta é a nossa felicidade, que aqueles que amamos sigam os mesmos passos que seguimos, e que possamos de alguma forma ajudá-los a trilhá-lho com mais facilidade do que aquela que tivemos.
Embora, por causa de um senso de humildade comuns aos que trilham a senda cristã, costumemos falar de nossa pequenez diante de todos, penso que a iluminação está mais perto desses irmãos do que eles supõem.
E que para eles, de forma alguma melhorar mais e mais a cada dia como espíritos e pessoas, não é senão prazeiroso e objeto de deleite.
Estamos no caminho.
Como Saint Martin, eu já disse, temos a mesma ânsia do Divino, o mesmo desejo pela água que, uma vez bebida, matará toda e qualquer sede.
Nós, como ele, desejamos que todos os seres vivos se voltem para dentro e contemplem que a Luz já está lá, e que precisa ser libertada da opacidade de nosso materialismo e de nossa compreensão equivocada de que somos um corpo com alma, em vez de uma alma em um corpo.
Nosso discurso é diferente, nossas épocas não são as mesmas, e para que mais pessoas tenham acesso a esta espiritualidade é preciso um upgrade desta fala, que precisa a meu ver ser mais confiante, mais positiva, mais capaz de seduzir em vez de admoestar, convencendo pela doçura aos corações mais empedernidos de que já são Deus manifesto, mas que não sabem disso.
Esta amnésia encarnacional pode ser desfeita não por um discurso moralista ou triste, mas por um que acolha o homem e a mulher de hoje amorosamente, ao estilo do Ministério do Cristo, famoso por sua bondade e misericórdia.
Esta é minha posição. Continuamos nossa leitura sexta feira que vem, se for a vontade de Altíssimo com a presença de Fernando, do Rio Grande do Sul, ele que tanto se identifica com alguns dos modelos do discurso de Saint Martin.
Estimulo a todos a realizarem estudos como este, não devocionais ou reverenciais, mas de natureza crítica, para exercitarem sua compreensão da mensagem do Filósofo Desconhecido.
É a melhor forma de homenageá-lo, pensar aquilo que ele escreveu, expor-se a interpretá-lo, correta ou incorretamente, mas mesmo assim expor-se, corajosamente, como ele o fez quando colocou no papel suas idéias acerca da espiritualidade e das possibilidades de evolução do homem comum para níveis mais altos de refinamento de consciência.
Não devemos olhar Saint Martin como um bibelô intocável em cima de nossa geladeira. Nem falar de suas crenças em voz baixa, temerosos.
Somos rosacruzes, iniciados, todos nós, e a mesma luz que estava no FD está em nós.
Assumamos pois nossos papéis de pensadores e "agentes de Deus na Terra", como ele gostava de dizer, ativos, não passivos.

Não confundamos humildade com pusilanimidade.
Não nos escondamos de nossas responsabilidades internas.
Mergulhemos fundo em nossos corações e, refrescados por este mergulho, emirjamos cheios de inspiração e êxtase.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A ILHA DO CONHECIMENTO

por Mario Sales, FRC, SI, CRC



Acaba de chegar a edição de A Ilha do Conhecimento, de Marcelo Gleiser. Ainda não comecei a ler mas tenho acompanhado suas entrevistas de divulgação do livro e sei que se trata de um ensaio sobre epistemologia, as possibilidades do ato de conhecer e, como dito no subtítulo, os limites da ciência.
Acompanho a carreira de divulgador científico de Marcelo há vários anos e sei da importância de seu trabalho e da seriedade com que o faz.
Os físicos são, em nossa época. os sacerdotes da ciência e ficaram de modo implícito, responsabilizados por explicar aos seres humanos comuns quais são as suas atuais visões do que chamamos o mundo que nos cerca, seja aquele mundo visível, seja aquele mundo invisível, muito, muito pequeno.
Físicos divulgadores sempre existiram e a sua tradição deve ser anterior a Carl Sagan mas foi com Sagan que eu comecei a me fascinar com a física e, particularmente, com a Ciência da Humildade, a Astrofísica e a Cosmologia.
Digo Ciência da Humildade por que nada nos torna tão humildes do que perceber o quão insignificante é em tamanho e em importância na galáxia nosso mundo, pelo qual, como diz Sagan em um vídeo apaixonante chamado O Pálido Ponto Azul, lutam desesperadamente ditadores, pacifistas, santos e canalhas, disputando às vêzes em lutas mortais o domínio de uma de suas frações de território.
O sucessor de Sagan, ao que parece, é Neil deGrasse Tyson, astrofísico que comparece ininterruptamente na mídia para, de modo semelhante a Sagan, para traduzir o pensamento científico em uma linguagem acessível a maioria das pessoas.
É atualmente o "Diretor Frederick P. Rose do Planetário Hayden no Centro Rose para a Terra e o Espaço e é investigador associado do departamento de astrofísica no Museu Americano de História Natural. De 2006 a 2011 foi apresentador do programa de televisão de educação científica New Science Now, no canal de televisão PBS" (wikipedia)



É a mesma coisa que Marcelo Gleiser, professor titular de Filosofia Natural e de Física e Astronomia no Dartmouth College, na região Nordeste dos EUA, na cidade de Hanover, New Hampshire,  tem feito para a comunidade de língua portuguesa, embora seja um cientista conhecido mundialmente e também tenha feito intervenções em programas internacionais e americanos sobre temas cosmológicos ou sobre a Origem da Vida, sua mais recente paixão.
Criação Imperfeita, o último livro que li de sua autoria, sobre o qual já falei aqui,  é delicioso e didático, e tem na entrada uma dedicatória singela a Carl Sagan, modelo de todos que se interessam em partilhar conhecimento.
Junto com A Ilha do Conhecimento, comprei A Dança do Universo também não li, um título mais antigo mas do qual espero o mesmo nível de interesse que outros livros de Gleiser me causaram,
Espero terminar ambos antes de viajar nas férias de outubro.
Falarei mais sobre eles.
Quem quiser assistir o filme "Um Pálido Ponto Azul", de Carl Sagan, procure no índice a direita do Blog, em 31 de janeiro de 2013. Entenderão porque todos nós que acreditamos na importância de partilhar conhecimento sentimos tanto a sua ausência.


DEU TUDO ERRADO

por Mario Sales FRC,SI,CRC



Convidei Inc, assíduo e participativo leitor para participar como correspondente virtual da noite do vinho lá em casa, às quintas feiras.
A Confraria In Vino Veritas está sem um correspondente desde a transição de Mestre Reginaldo e já está na hora de termos outro neste papel, que agrega e diversifica.
Convidei Inc também para participar do Grupo Virtual de Estudos Martinistas, já que estamos lendo O Ministério do Homem Espírito, de Saint Martins e ele também, às sextas.
Bom, quinta feira, ninguém pode vir. Kiota ocupado, Fernando de cama com gripe e Carlos machucado, após atropelar um cachorro e cair da moto. Todos no estaleiro. Lá pelas tantas Antonio apareceu mas já eram 20 e 40 hs e eu já havia me desmobilizado a ponto de nem ter percebido as tentativas de contato de Inc pelo computador. Antonio saiu cedo e após sua saída me dei conta de que haviam chamadas perdidas no Skipe e fui ver que eram de Inc. Pedi desculpas, mas a noite já tinha ido.
Na noite seguinte teríamos o Estudo de Martinismo e convidei-o de novo a participar.
Depois de 4 semanas de interrupção, Flávio fora do país, e outras intempéries, tinha esperança de lermos juntos, com Inc como novidade além de Frater Francisco Canalli que já por duas vezes tentou participar e não conseguiu.
Dessa vez o estudo aconteceu, com Flávio e Wilson e eu on line e dessa feita foi Inc que não respondeu ao chamado do Skipe. Frater Francisco também não respondeu e domingo passado pela manhã eu o encontrei no Encontro Martinista Inter regional de São Paulo, na Heptada São Paulo, e amarramos pra ver se essa sexta tudo acontece.
Pena é que tudo tenha dado errado mas continuo na esperança de uma quinta ou uma sexta termos mais um membro participativo.
Só que esta quinta não tem confraria porque é aniversário da minha esposa e meu, pois comemoramos no mesmo dia, e não vai ter reunião da confraria.
Vamos ver se ao menos sexta feira estudamos.
E a participação de Inc é importante. Saint Martin está sendo"espancado" pela sua característica morbidez e necessita de um advogado de defesa, alguém que nos chame a atenção para as partes positivas de seu texto. Parece que Inc é este advogado pela simpatia que demonstra aos textos do Filósofo Desconhecido. É justo pois que exista um contraste de visões para que o debate se enriqueça.
Vamos ver se as coisas dão certo da próxima vez.