por Mario Sales, FRC,SI,CRC
A Doutrina Secreta, Ed Pensamento, tradução de Raymundo Mendes Sobral,1973, VOL 1 de 6 outros, página 146:“4. Este foi o Exército da Voz, a Divina Mãe dos Sete. (...).
(a) (...) O Exército da Voz é uma denominação que se acha intimamente relacionada com o mistério do Som e da Linguagem, como efeito e corolário da Causa: o Pensamento Divino.”
E então surge a expressão: “Como tão bem o expressou P.Christian...” e daí em diante teremos 3 páginas discutindo o Som e a Linguagem em diversas culturas.
A Doutrina Secreta, Ed Pensamento, resumida e comentada por Michael Gomes, tradução de Marta Rosas,2012, volume único, página 54:
“4. Este foi o Exército da Voz, a Divina Mãe dos Sete. (...).
(a) (...) O Exército da Voz é uma denominação que se acha intimamente relacionada com o mistério do Som e da Linguagem, como efeito e corolário da Causa: o Pensamento Divino.”
E só. Mais nada. Só a Estância 4 , seu comentário, sem outras ilustrações.
Texto enxuto, simples e acessível. Uma beleza.
Para quem vem como eu sofrendo com as derivações de raciocínio presentes ao longo da volumosa obra de Madame (como pede meu querido Frater Amadeu) HPB, ler o texto sintético e despojado de Michael Gomes é um alento.
Aproveitarei as férias de Frater Flavio, em viagem, para continuar as comparações, mas não resistirei a adiantar a leitura que me dará uma compreensão muito mais rápida e objetiva do texto que nos propusemos a estudar.
O trabalho de Michael Gomes torna acessível, sem prejuízo perceptível, a perpetuação do conhecimento blavatskiano a gerações mais objetivas do que aquelas do século XIX. E isto é muito importante.
Seja por que ângulo for, gostando ou não de seus conceitos, crendo ou não em suas afirmações, textos como os de Madame (como pede meu querido Frater Amadeu) HPB não podem ser ignorados, e nem devem ser comentados sem que sejam lidos, como acontece frequentemente no meio esotérico ou social de modo geral. O hábito de especular sobre o que não se leu ou sobre o que não se conhece corrói a seriedade de um bom debate, de uma boa troca de informações.
Como lembrava brilhantemente Friederich Nietzsche, devemos ler como as vacas, ruminando a informação, regurgitando-a e mastigando-a repetidas vezes, mais ou menos como na leitura de textos por demais inspirados e obscuros como os de Jacob Bhoeme.
Recomendo enfaticamente que quem se interessa por Teosofia não se familiarize apenas com o texto original, mas que tenha em mãos o resumo recém publicado de Michael Gomes. Sua utilidade é indiscutível, embora não substitua a leitura do texto principal que ele sintetiza.
Todo grande texto, da Bíblia até os Vedas, tem recantos, becos e vielas que quando percorridas podem nos mostrar pequenos tesouros de profundo valor sentimental e místico.
Assim, mesmo que o texto de Gomes seja um primor como síntese, não diminui a importância de lidar com o terrível texto de 1973,(como nenhum resumo diminui a importância do original sintetizado), que continuarei a debulhar, sistematicamente, após o retorno de Frater Flavio, o Teósofo.
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