Por Mario Sales, FRC,SI,MM
Ressuscitar pessoas (muitas), curar doenças, ler os corações
e mentes a sua frente, ver o passado reencarnacional dos indivíduos, além de poder
projetá-lo em uma parede para poder compartilhar o que sabe com outros com
menos poderes.
Coisas do Cristo? Não, coisas de um homem simples, comum, do
final do século XIX, que sofria ao cortar suas unhas ou cabelos, mas que era
capaz de parar tempestades, em terra ou mar, com um simples gesto.
Não fazia dietas especiais; fumava, não dormia muito, 4 ou 5
horas em dias, um homem politicamente incorreto.
Sua generosidade era imensa, sua prestatividade sem limites.
Estive contato com sua história pelo blog de um amigo, um
Frater, e desde aquela época sua personalidade me envolveu. Recentemente,
voltei a ler sua biografia, escrita em parte por Sédir, Alfred Hael e outros.
Jean Chapas
Um daqueles que, dado como morto, ele trouxe a vida, ele
chamava de Caporal, ou seu Cabo, Jean Chapas, e se tornou seu herdeiro
espiritual continuando as sessões, reuniões regulares que realizava na Rue Tête
D´Or 35, em Lyon. Hoje no endereço, existe um cabelereiro, mas olhando -se pelo
alto vê-se que atrás, ligado a entrada por um corredor, existe um salão não
muito grande, no espaço entre os prédios.
Deve ter sido ali que ele realizou milagres e curas, deu
palestras e falou para uma audiência pouco culta e desesperada, que o procurava
na busca de uma última tentativa de superar seus problemas.
E ele os auxiliava, sem hesitação, sem recorrer a quaisquer
meios esotéricos, que reputava inadequados e desnecessários. Sua estratégia era
teúrgica e sua técnica, a oração. Apenas a oração, nada mais. E dizia: nada
peçam a mim, mas aos céus e eu ouvirei melhor.
Alguns, pela semelhança, diziam que ele era o Cristo
reencarnado. Ele negava: “ainda sou pequeno, e por isso o céu me ouve. Vocês
não são ouvidos por que se sentem grandes. Não sou o Cristo, sou o cachorro do pastor.
”
O mesmo vazio que o Zen pede aos seus, a mesma humildade que
Jesus pedia aos que o seguiam, a mesma nulidade e transparência que permite que
a luz brilhe livre e desimpedida por nós e aqueça quem está próximo de nós,
como alguém perto de uma janela em um dia de Sol.
Da mesma forma que a Luz e o Calor não vêm da janela, mas da
Luz do Sol que a atravessa, da mesma maneira a Luz de Philippe, segundo ele,
não vinha dele mas passava através dele em direção aqueles que dela
necessitavam.
Philippe foi e sempre será lembrado como um fenômeno, um
homem de ação, não um orador brilhante, mas um representante de Deus na Terra,
transparente a Sua Divina Luz. E isto tem apenas pouco mais de 100 anos.
Nas próximas semanas, meditemos e pesquisemos esta
encantadora biografia. E que ela inspire a todos a buscar para si a mesma
santidade, não pela ação, mas pela construção obstinada de um vazio de nosso
Ego em nós.
Quanto mais vazios da noção de sermos alguém ou alguma
coisa, mais transparentes à Luz de Deus, essa mesma luz que atravessava
Philippe, estaremos.
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