Senão vejamos:
ESQUEMA 4
Dividindo o símbolo em três partes, a parte do alto tem como
destaque uma imagem central, composta de um círculo dourado em cima de uma
estrela de seis pontas.
O círculo e a estrela estão circundados pelo mesmo tipo de
franja amarela, mais espessa que as que se seguirão abaixo, o que parece ter a
intenção de estabelecer um vínculo entre estes dois trechos iniciais mais forte
do que com os outros segmentos.
Como disse, o símbolo inteiro, lembra a forma de um corpo
humano, sendo a "cabeça" este círculo ao alto, e a estrela de seis
pontas a "boca" que cria (vejam que em volta da estrela lê-se FIAT).
O círculo, como comentei antes, representará principalmente
o conceito de eterno, já que não tem início nem fim.
Os textos do símbolo que estão ao lado desse círculo devem
também ser lidos da maneira correta para serem compreendidos.
encontramos o seguinte esquema:
ESQUEMA 5
O autor do esquema teve o cuidado de marcar com setas os
trechos das frases que se interligam e que os simbolistas daquela época não
tiveram o cuidado de dispor de modo mais racional sobre o desenho. São 22
textos, entre eles doze frases. Vamos nos ater a parte que estamos estudando.
ESQUEMA 6
Primeiro: o texto está em Latim e Alemão. Na publicação da
AMORC encontramos a maior parte em português.
Segundo: no esquema acima a primeira frase é:
FIGURA DIVINA THEOSOP. CABALIST. NEC NON MAGICA PHILOSOPH.
& CHIMICA
O artifício de escrever uma parte da palavra e interrompê-la
com um ponto, o que não chega a ser nem mesmo uma abreviatura, mas uma simples
interrupção, uma espécie de codificação infantil e primária, é uma técnica
comum em textos esotéricos da época, hoje preservado apenas e principalmente pelos
maçons.
Duas palavras chamam atenção no símbolo onde aparecem assim:
Vejam: há uma letra parecida com um f em ambas as palavras
(theo[f]oph, philo[f]oph), mas por sua posição identificamos como S, em um modo
de grafia comum em língua alemã. Entendemos então a palavra seguinte como CABALIST,
e não CABALIFT, como possa parecer.
O trecho está em Latim e assim vamos traduzi-lo:
FORMA DIVINA, TEOSÓFICA, CABALISTICA, NÃO APENAS MÁGICA, FILOSOFICA E
QUIMICA
Esse é o título do trabalho, que antecipa que neste símbolo
serão reunidos todos os aspectos da Criação como manifestação de Deus, sua
relação com o Divino, e o papel e natureza do ser humano neste drama. Chamo
atenção aqui para apalavra CABALISTICA, a qual, considerando estarmos dentro do
universo simbólico alquímico referir-se-á, necessariamente, não a Cabala
Judaica, mas a Cabala Cristã, de Pico de la Mirandola, alter ego da Alquimia.
Ainda existem outras linhas escritas.
A segunda diz: “O sol eterno em sua natureza e poder divinos”,
logo abaixo do título principal e ladeando o topo do círculo amarelo, cor do
Sol, cor do ouro, identificando o círculo em questão com Deus Todo Poderoso, “O
sol eterno”, Aquele que está no alto, no topo de tudo, que é circular e
por isso eterno, sem princípio nem fim.
A próxima frase, também em latim, pode se traduzir:
“Deus trino foi do centro ao centro”, perto do maior diâmetro
do Círculo superior, cabeça de todo o símbolo, como a atestar que Deus, a
Trindade, está em toda parte, onipresente.
E logo abaixo temos a frase: “Entende de acordo com a
filosofia Celeste e não (a) Terrestre”, o que orienta nossa
interpretação no sentido de evitar as armadilhas do intelectualismo e manter a
mente focada no significado espiritual desse símbolo.
Vamos analisar trecho a trecho.
(CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA)
(CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA)
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