por Mario Sales, FRC.:, M.:M.:,S.:I.:(membro do CFD)
Ir a um corpo afiliado da AMORC é sempre voltar a nossa
própria casa, mesmo que não vivamos ali.
Todas as casas dos Rosacruzes pertencem aos próprios rosacruzes
e portanto, muitas são as nossas moradas.
A Loja São Caetano do Sul, no ABC paulista, é uma das mais
portentosas e tradicionais.
O espaço físico é invejável e o pé direito altíssimo. Possui
um amplo auditório e salvo os problemas de conservação inerentes a uma loja que
este ano completa 52 anos de existência, não há nada que impeça que com
trabalho dedicado dos rosacruzes que lá estão não possa transformar-se em um
centro de fortalecimento regional como a placa na entrada, Loja Rosacruz do
ABC, e não de São Caetano, supõe.
Lá encontrei a mesma amabilidade rosacruciana de Barcelona,
Toulouse, do Rio de Janeiro na Loja Tijuca ou na Loja Méier, que eu comecei a frequentar
quando ainda se abrigava fisicamente na Loja Maçônica Cayru, já que o venerável
de uma era o Mestre, naquela época ainda de Capítulo, da outra.
O Belíssimo Portal da Loja
Os rosacruzes são heterogêneos, é bem verdade, mas existe uma semelhança que os identifica: sua fraternidade, seu senso de pertencimento a uma egrégora, sua curiosidade quanto a temas culturais, técnicas ou pessoas. São seres sociais, gregários, que acreditam que compartilhar é a única forma de crescer espiritualmente.
Outra característica, talvez não eminentemente rosacruciana, mas que é muito comum em nossos corpos afiliados, que enfrentam, tanto quanto os templos maçônicos ou teosóficos, as dificuldades ligadas a um quórum baixo de membros, é a presença de frateres e sorores que respondem pela missão de sustentar, como colunas, as estruturas físicas destas organizações.
Recepção da Loja ABC AMORC em São Caetano. À direita da foto, a porta do
templo da Loja, circundado por inspiradora pintura.
Foi assim em São Caetano com o frater Caetano Orlando Zanai,
um dos mais antigos membros da AMORC e que passou há pouco tempo pela
transição. Sua presença está em todas as partes da estrutura física da Loja,
nas conversas com os membros mais antigos, no respeito como relatam sua
importância para a existência deste corpo afiliado e como, no início, dormia
dentro do prédio para que, enquanto durasse a construção, o local não fosse
alvo de furtos.Este indivíduo era o mesmo, segundo os relatos, que dissertava,
quando solicitado, com maestria e elegância acerca da doutrina da reencarnação,
demonstrando que a maestria espiritual e o comprometimento com o trabalho
material não são excludentes.
Seu material de Sanctum, sua foto e alguns pertences
pessoais foram colocados no corredor que leva ao auditório da Loja após a sua
transição, de forma a honrar e preservar sua memória.
Muitos são os Zanais espalhados pelo mundo, que anonimamente
trabalham pela causa da AMORC.
A começar pela própria mestra da Loja, a sóror Silvia Campos
do Lago e Silva, que embora funcionária da Secretaria Legislativa da Camara
Municipal de São Bernardo do Campo, desde muito cedo , no sábado, já estava
dando os últimos retoques em nossa casa para que todos fossem recebidos com
dignidade e carinho, preparando chá e café e providenciando alguns petiscos,
além de receber a todos com simpatia e administrar com habilidade os problemas
de agenda das ritualísticas, da substituição de membros, e ainda me ciceronear
gentilmente. Tudo antes de colocar seu manto azul e conduzir a ritualística que
aconteceu ainda antes da palestra.
Por sua recepção e simpatia, meu muito obrigado, e desculpo-me
pela falta de lembrança de não ter trazido nenhuma foto dos membros da Loja ou
de suas instalações.
Encontrei ainda, como é costumeiro, vários rosacruzes
membros da Ordem Maçônica, e embora querendo significar a mesma coisa, chamados
frateres em uma das ordens e irmãos em outra. Entre estes o frater e Irmão Valdir
Anderson Silvério, e o Irmão Edson de Souza, que com suas presenças
demonstraram a força de uma tradição que se origina no século XIV , quando a
Ordem Maçônica, enfraquecida pela perda do monopólio do trabalho de construção
de catedrais, depois abandonadas pelo regime do Lorde Protetor Oliver Cromwell,
por motivos de caixa tiveram de aceitar membros que não eram do ramo, os
chamados maçons aceitos, entre os quais muitos rosacruzes, que aos poucos
ajudaram a transformar a Maçonaria no que é hoje.
Esta tradição continua até nossos dias e é comum que em um
corpo afiliado rosacruz encontremos maçons tanto quanto em uma loja maçônica
encontremos rosacruzes.
Foi uma noite agradável pela qual agradeço ao cósmico e aos
irmãos, principalmente ao mestre do Pronaos que conduziu lindamente o ritual
inspirador de que tive a honra de participar.
A todos os membros da confraria da Loja Rosacruz São Caetano
do Sul meu muito obrigado, meus votos de paz profunda e parabéns pela dedicação
a causa rosacruz.
Sábado agora, estarei na loja São Bernardo com o trabalho "Tudo
está Interligado".
Até breve.
Mário, essa relação entre Rosacruzes é tão motivante! Vi em suas palavras uma profunda satisfação em está nessa loja. Isso é muito legal.
ResponderExcluirGerou uma dúvida a respeito dos maçons, mas te enviarei um e-mail.
Caro Irmão (ao quadrado) e Frater Mario,
ResponderExcluirgrato pela visita e pelas palavras!
Sua palestra trouxe mais luz a nossos Fratres, Sorores e visitantes! Espero que nos encontremos de novo! Um TFA e paz profunda!
Valdir
Por favor: sou um ex-membro da Loja da Rua dos Meninos, em São Caetano do Sul. Gostaria de saber o horário, durante o dia, o funcionamento da Loja...
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