Multi pertransibunt et augebitur scientia (Muitos passarão, e o conhecimento aumentará).

sábado, 29 de setembro de 2012

COMUNICAÇÃO


por Mario Sales, F.:R.:C.:;C.:R.:+C.:;S.:I.:(membro do CFD)

"Há muitos séculos, no Egito Antigo...um grande pensador egípcio observou essa relação entre pensamento e fala ou, simplesmente, o poder da palavra falada. Este antigo filósofo e estudioso de ética foi Ptah-hotep, Grão Vizir ou Primeiro Ministro , durante o reinado do faraó Isesi da Quinta Dinastia, em 2700 A.C. No tocante àquela relação, disse Ptah-hotep: "(pois todas as coisas) passaram a existir através daquilo que o coração(mente) pensou e a língua ( a fala) comandou."... Porque nos comunicamos com nosso semelhante? Para transmitir conteúdos de inteligência. Mais simplesmente, trata-se de estendermos nossa cognição , nosso conhecimento de alguma coisa a alguém, de maneira que essa pessoa tenha a mesma consciência do que nós percebemos e pensamos."

De uma monografia rosacruz de graus mais avançados.


O que se faz em um blog? Escreve-se. Redige-se por horas a fio, linhas e mais linhas com pensamentos e opiniões sobre os temas específicos do espaço.
É isto que tenho feito aqui: desenhado símbolos que, se não falam de per si, representam o que está sendo dito em minha mente e transferido através das letras, àqueles que lêem estes textos.
Não se trata de um monólogo, portanto, se bem, que continua sendo um esforço solitário. Uma vez que o texto esteja pronto, ele é lançado ao ambiente cibernético e se espalha rápido como a fumaça na ventania.
Idéias são compartilhadas, através da língua, das palavras do nosso idioma, objetivando e materializando em texto "aquilo que o coração pensou".



O mais agradável, no entanto, não é produzir os textos, se bem que este também seja um prazer. O verdadeiro prazer é dividi-los, receber as reações, os comentários, os efeitos perceptíveis daquilo que se escreveu.
Isto é compartilhar consciência, aquilo que Ptah-hotep intuía 4712 anos atrás.
No capítulo Mogi das Cruzes da AMORC, sexta feira, dia 21 próximo passado, comentei sobre este compartilhamento, de vários modos. Falei, no debate da palestra "Tudo está Interligado", que esta conexão é permanente, estejamos ou não conscientes de sua existência.
Quando dividimos concepções através de um texto, entretanto, estamos tornando consciente aquilo que ainda está adormecido em nós. Estamos reencontrando imagens e idéias que partilhamos sem saber, perspectivas de mundo que fazem de nós, membros da Rosacruz, uma egrégora mental, uma força comum de pensamento e de valores, uma entidade supra pessoal.



Cada mente de cada rosacruz em milhares de pronaoi, capítulos e Lojas espalhados pelo planeta anseia por unir-se a este estado de comunhão psíquica de forma lúcida e participativa, e isto só acontece quando se é exposto às palavras que dão forma e contorno àquilo que vai em seus corações.
Os textos das monografias, os livros que produzimos, os ensinamentos que estudamos, de Pitágoras à Descartes, de Newton à Cagliostro, até nossos dias, enfim, nossa Doutrina de tantos séculos, unem-nos numa mente comum, que partilha as mesmas formas de compreensão, as mesmas idéias força. Quanto mais homogêneo for a natureza deste conhecimento comum que faz de nós uma Escola de Mentes Afins, mais sólida será a estrutura que se fortalece em dimensões cósmicas e terrestres, a partir do Sanctum Celestial, esta gloriosa obra de arquitetura mística, foco e centro de encontro das mentes de todos os rosacruzes na face da Terra.
E as palavras que estimulam nossos olhos nos intermináveis textos que desfilam ante nós, a chamada cultura rosacruz, contribui decisivamente para esta homogeneidade.

Sinto-me honrado em dar, neste pequeno espaço entre trilhões de páginas da mãe de todas as redes, a minha pequena contribuição para fazer circular conceitos e reflexões que façam nossa confraria buscar um discurso coerente com os ensinamentos que estão nas monografias que chegam regularmente às suas casas.
Agradeço a todos por seus comentários, emails e ponderações, uma demonstração inequívoca do efeito destas emoções "comandadas pela língua".

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