por Mario Sales, FRC.:, C.:R.:+C.:, S.:I.:(membro do CFD)
Teixeira Coelho, curador do Masp
Em erudito ensaio para o jornal "O Estado de São Paulo" Teixeira Coelho, curador do MASP, comenta o livro "O Chapéu de Vermeer", de Timoty Brook, tradução de Maria Beatriz de Medina, Ed. Record.
Timothy Brook, professor de História da China na Universidade de Oxford
Como exemplo destas pérolas (palavra muito usada no ensaio) estão os seguintes trechos: "De arte, o livro fala pouco. E muito. Mas, está bem que seu autor seja um sinólogo, não um especialista em arte: quando o autor vem de outro campo, o que era invisível (porque o especialista vê sempre a mesma coisa) emerge." (O grifo é meu).
Ou em outro trecho: " Um historiador da arte "normal", viciado nos códigos e rumos esotéricos de sua disciplina, não faria o que Brook fez ao oferecer, nas palavras de Descartes sobre a Amsterdã de 1631, um "inventário do possível" em arte, economia, geografia e ilusão humana.
E o autor revela seu método, sumariado na imagem budista da "Teia de Indra": quando Indra moldou o mundo, o fez na forma de uma teia; e de cada cruzamento da teia fez pender uma pérola. Cada coisa,cada ser, cada idéia é uma pérola na teia de Indra. Cada pérola une-se a outra nesta teia e em cada uma vê-se o reflexo de todas elas...
E mais a frente, diz Teixeira: "E assim Brook pinta a globalização, que as almas pequenas insistem em ver como grande trama maliciosa enquanto Brook mostra quanto de acaso & escolha existiu e existe nisso.(A idéia do acaso é simplesmente inaceitável para as almas místicas e as materialistas.) (Novamente o grifo é meu.)Belíssimo.
O artigo em questão pode ser lido na íntegra no endereço:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,de-perolas-e-reflexos,937974,0.htm
Ou em outro trecho: " Um historiador da arte "normal", viciado nos códigos e rumos esotéricos de sua disciplina, não faria o que Brook fez ao oferecer, nas palavras de Descartes sobre a Amsterdã de 1631, um "inventário do possível" em arte, economia, geografia e ilusão humana.
E o autor revela seu método, sumariado na imagem budista da "Teia de Indra": quando Indra moldou o mundo, o fez na forma de uma teia; e de cada cruzamento da teia fez pender uma pérola. Cada coisa,cada ser, cada idéia é uma pérola na teia de Indra. Cada pérola une-se a outra nesta teia e em cada uma vê-se o reflexo de todas elas...
O deus Ariano Indra
O artigo em questão pode ser lido na íntegra no endereço:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,de-perolas-e-reflexos,937974,0.htm
Abaixo, alguns exemplos do trabalho do artista holandês Vermeer.
A Leiteira, de Vermeer.
Mulher com jarra de água, 1660-1662
Mulher segurando uma Balança, 1665. Na época, as moedas de prata não tinham o mesmo peso e precisavam então ser pesadas para estabelecer seu valor.
Moça com brinco de pérola, 1665. Talvez o seu mais conhecido trabalho na contemporaneidade, dado o filme de Scarlet Johanson e Colin Firth , de 2003, que o popularizou.
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