UM EXERCÍCIO SOLITÁRIO, POÉTICO E FILOSÓFICO, BASEADO NO PRECEITO ROSACRUZ DA MAIS COMPLETA LIBERDADE (POSSÍVEL) DENTRO DA MAIS PERFEITA TOLERÂNCIA (POSSÍVEL).
O MARTINISMO E O ROSACRUCIANISMO COMO REFLEXÃO.
Multi pertransibunt et augebitur scientia (Muitos passarão, e o conhecimento aumentará).
Estimado, como de costume, eu estava lendo algo análogo a respeito, segue:
96 -Astros luminosos, que brilhais sobre nossas cabeças, não podeis formar sociedade conosco; não nos podeis amar, nem nos ensinar a conhecer-nos; não nos podeis perdoar. Não sois análogos a nós, já que não nos podeis fazer experimentar os mais doces sentimentos de nossa existência; precisamos apenas de amor e perdão. Que importa, pois, às verdades fundamentais, que um homem tenha encontrado ou não um planeta a mais? Poder-se-iam encontrar muitos ainda, sem ter por isso o direito de concluir nada além de que os homens teriam errado ao aplicar o número sete aos planetas. Mas uma nova ordem se apresenta. Todas as estrelas dividem-se em famílias. Essas famílias estão separadas nos céus por vastos espaços e seu número é indefinido, como o das estrelas que as compõem. Cada estrela é, por seu turno, o centro de um sistema planetário.
Sol, astro brilhante, que nações inteiras tomaram por Deus do mundo, não és mais do que uma pequena porção de um grande sistema, ou de uma grande família de estrelas, e te perdes na imensidão do firmamento.
Se te tornas tão pequeno em nosso pensamento, que será então de nossa terra? Que será de nós?
Experimentamos uma admiração que se assemelha ao terror, quando contemplamos, sob esse novo plano, esse espaço indefinido e o número de corpos que nele flutuam.
Sentimos que é um espetáculo tão sedutor quanto terrível.
Homem, ao admirá-lo, toma a precaução de defender-te. A imensidão deste espetáculo seria própria para aniquilar teu pensamento, como aniquila tua insignificante estatura.
Faz reviverem teus direitos e distingue-te de todos esses seres magníficos, mas mudos, pela superioridade de tua palavra. Será pelos olho de teu corpo que deverás medir teu ser e teu destino?
Tua caminhada deve fazer-se mesmo sem que o saibam estes soberbos globos, que rolam diante de ti com majestade e mistério.
Avalia as descobertas desses homens tão laboriosos: dão-nos geografia dos mundos; mas nada nos ensinam sobre os costumes e história dos habitantes.
Indicam-nos belas e numerosas leis descritivas, mas não uma lei final; contudo, sem este conhecimento, que utilidade teria para nossa obra o quadro mais fiel desses inumeráveis mundos?
Por que não teria a sabedoria permitido à nossa visão simples penetrar muito longe no espetáculo de sua imensidão?
Para envolver-nos no estudo de suas leis finais e para que a extensão deste vasto quadro não fosse, inclusive, desencorajar-nos.
Para que fôssemos menos desviados da busca de nosso renascimento, no sentimento vivo de nossos direitos e de nossa inteligência:
Renascimento ativo, ligado ao infinito, e que faz com que, para nós, todos esses mundos reunidos não pareçam mais do que instrumentos harmoniosos, que deveriam ser devolvidos ao nosso uso.
Estimado, como de costume, eu estava lendo algo análogo a respeito, segue:
ResponderExcluir96 -Astros luminosos, que brilhais sobre nossas cabeças, não podeis formar sociedade conosco; não nos podeis amar, nem nos ensinar a conhecer-nos; não nos podeis perdoar.
Não sois análogos a nós, já que não nos podeis fazer experimentar os mais doces sentimentos de nossa existência; precisamos apenas de amor e perdão.
Que importa, pois, às verdades fundamentais, que um homem tenha encontrado ou não um planeta a mais? Poder-se-iam encontrar muitos ainda, sem ter por isso o direito de concluir nada além de que os homens teriam errado ao aplicar o número sete aos planetas.
Mas uma nova ordem se apresenta. Todas as estrelas dividem-se em famílias. Essas famílias estão separadas nos céus por vastos espaços e seu número é indefinido, como o das estrelas que as compõem. Cada estrela é, por seu turno, o centro de um sistema planetário.
Sol, astro brilhante, que nações inteiras tomaram por Deus do mundo, não és mais do que uma pequena porção de um grande sistema, ou de uma grande família de estrelas, e te perdes na imensidão do firmamento.
Se te tornas tão pequeno em nosso pensamento, que será então de nossa terra? Que será de nós?
Experimentamos uma admiração que se assemelha ao terror, quando contemplamos, sob esse novo plano, esse espaço indefinido e o número de corpos que nele flutuam.
Sentimos que é um espetáculo tão sedutor quanto terrível.
Homem, ao admirá-lo, toma a precaução de defender-te. A imensidão deste espetáculo seria própria para aniquilar teu pensamento, como aniquila tua insignificante estatura.
Faz reviverem teus direitos e distingue-te de todos esses seres magníficos, mas mudos, pela superioridade de tua palavra. Será pelos olho de teu corpo que deverás medir teu ser e teu destino?
Tua caminhada deve fazer-se mesmo sem que o saibam estes soberbos globos, que rolam diante de ti com majestade e mistério.
Avalia as descobertas desses homens tão laboriosos: dão-nos geografia dos mundos; mas nada nos ensinam sobre os costumes e história dos habitantes.
Indicam-nos belas e numerosas leis descritivas, mas não uma lei final; contudo, sem este conhecimento, que utilidade teria para nossa obra o quadro mais fiel desses inumeráveis mundos?
Por que não teria a sabedoria permitido à nossa visão simples penetrar muito longe no espetáculo de sua imensidão?
Para envolver-nos no estudo de suas leis finais e para que a extensão deste vasto quadro não fosse, inclusive, desencorajar-nos.
Para que fôssemos menos desviados da busca de nosso renascimento, no sentimento vivo de nossos direitos e de nossa inteligência:
Renascimento ativo, ligado ao infinito, e que faz com que, para nós, todos esses mundos reunidos não pareçam mais do que instrumentos harmoniosos, que deveriam ser devolvidos ao nosso uso.
TFA