Ia PARTE
A CRÍTICA COMO
DEMONSTRAÇÃO DE RESPEITO E REVERÊNCIA
por Mario Sales, FRC e SI
Como os textos, tanto o meu como os comentários de Inc são
relativamente longos e contemplam vários aspectos, achei por bem estabelecer
como estratégia de resposta o trabalho parágrafo a parágrafo, de acordo com a ênfase
de cada trecho.
Vejamos.
“Mário, louvável a
ideia de colocares na 'tábua' uma discussão tão árdua. As leituras devem sempre
ser críticas e não meramente passivas.
Pelo que tens escrito no blog, há bastante tempo, tenho a impressão que tens uma visão muito pessimista em relação ao pensamento de SM.”
Pelo que tens escrito no blog, há bastante tempo, tenho a impressão que tens uma visão muito pessimista em relação ao pensamento de SM.”
Realmente é uma discussão árdua porque infelizmente temos,
como místicos, o mau costume de tratar nossos autores de referência como
semideuses ou iluminados e, por causa disso, reverenciá-los de modo quase
religioso.
Essa atitude produz um bloqueio psicológico a análise dos
textos, por mais inspirados que sejam; basta ver como exemplo o sem número de
conflitos, armados ou não, gerados por interpretações diferentes de um livro
que não é um livro, mas muitos livros, com estilos diferentes, a Bíblia.
Inc lembra apropriadamente que “As leituras devem sempre ser críticas e não meramente passivas.”.
Esta é uma postura intelectual e mesmo espiritual louvável.
É isto que faço sempre no blog. “Leituras...críticas”,
analíticas, sem pudor de pensar homens os quais tiveram coragem de expor em
textos seus mais profundos pensamentos, na intenção de suscitar em outros
homens a reflexão sobre estes assuntos.
É preciso entender que, ao contrário do que pareça, presta
homenagem e reverência a estes homens quem analisa seus textos
impiedosamente.(impiedoso no sentido primitivo de sem piedade, ou seja, sem atitude religiosa [pio] ).
Apenas repetirmos o que foi dito séculos atrás seria um
desrespeito à mentes tão poderosas e generosas.
Livros, sejam místicos ou não, são cartas à posteridade,
enviadas para muitas pessoas em todos os lugares do planeta.
São um ato de carinho ao procurarem compartilhar ideias, conceitos, visões. São atos de misericórdia ao facilitar aqueles que não são tocados como estes homens foram pelo fogo de Pentecostes, a percepção das imagens que eles em suas mentes visualizaram. E devem ser respondidas, ao menos por consideração.
Portanto devem ser lidas com atenção e reverência, mas sem
subserviência.
Nesse sentido, não é verdade que eu tenha “uma visão muito pessimista em relação ao
pensamento de SM.”
O pensamento de Saint Martin(SM), seus ideais, são
coadunantes com os meus. Ele, SM, quer um mundo mais espiritual. Deseja que os
homens se voltem para o Divino. Vê a humanidade desorientada e infeliz em meio
a falta de clareza quanto ao seu objetivo primordial na Terra; lamenta o
excessivo materialismo da sociedade, e em todos estes aspectos estamos, eu e
SM, de acordo.
O que realmente me incomoda portanto, não é o conteúdo
do pensamento de SM, mas a forma pela qual ele escolheu
expô-lo. Nesse sentido, ele segue modelos absolutamente comuns e fiéis à
imagética cristã católica, que jamais se destacaram pela alegria e pelo
deleite, mas por uma ênfase na tristeza e no sofrimento.
Esse é o ponto.
A meu ver, podemos ter estratégias as mais variadas para
despertar a espiritualidade em pessoas que estejam com suas almas embotadas
pelo materialismo excessivo.
Acredito que a estratégia da lamentação, ao estilo do livro
de Jó, não seja a mais indicada para isso e, inclusive, tenha um efeito
contrário, de afastar da espiritualidade aqueles que gostariam de abraçar uma qualidade
de vida mais espiritual, mas não querem mergulhar em um ambiente sombrio e
apático.
Por isso enfatizei no ensaio o lado luminoso e social da
vida de Jesus, o Cristo. Se vamos tomá-lo como modelo de comportamento, devemos
tomá-lo, em minha opinião, como modelo por inteiro, e não pinçar certos
aspectos de sua história pessoal e elegê-los como os únicos que importam,
desprezando os outros em nome de uma morbidez primitiva e de um moralismo de
época.
O Cristo que curava, eu disse, era o mesmo que conversava
com pessoas simples e com sábios, que ia a festas e que fazia grandes
encontros, festivais ao ar livre de espiritualidade. O Cristo que tratava os
enfermos era o mesmo que pregava.
Se conseguia pessoas para ouvi-lo, quando discursava, era
porque tinha conseguido sua atenção por seus atos.
O que chama atenção, no ministério Cristão é isso: os atos
vêm antes que as palavras. Ele nunca foi um místico literário, mas um homem de
ação, e se tinha seguidores não os tinha porque apenas suas palavras arrastavam
multidões, mas porque seus atos de cura, testemunhados por centenas,
demonstravam, inequivocamente, um poder incomum.
A Vida era plena nele. Não pregava a dor ou o sofrimento,
mas a busca por um estado de entrega à inspiração divina, sem ansiedade, de
rendição e confiança na providência, semelhante aquilo que todos antes dele
pregaram. Como está dito abaixo:
“E, quanto ao
vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles
crescem; não trabalham nem fiam;
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;(Mateus 6:28-32)
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;(Mateus 6:28-32)
Pura poesia e beleza.
Esta pregação da rendição está de acordo com a tradição
hinduísta, por exemplo. O caráter de rendição à vontade divina, (que muitos
consideram erroneamente a perda da capacidade de autodeterminação, ou uma
passividade inaceitável em nosso momento histórico cultural), é
fundamental na busca do Santo Cálice da Iluminação, a que todo místico aspira.
Rendição é desfazer o terror diante da vida.
Rendição é perder o medo.
E assim chegamos ao ponto crucial: o medo.
Existem dois tipos de estratégia
na relação com o Divino: o Temor da carta aos Efésios 6:5 (Vós, servos,
obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade
de vosso coração, como a Cristo); ou a camaradagem dos apóstolos que dividiam o
peixe, o pão e o vinho, nas muitas ceias que realizaram, ao longo de três anos
de caminhada e convivência. Camaradas são companheiros. Companheirismo
significa solidariedade, entendimento entre pessoas que têm interesses comuns.
A visão de Paulo acima, na
Epístola aos Efésios, está de acordo com trechos bíblicos judaicos que
enaltecem o medo e não a camaradagem.
Salmos 2:11
Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor.;
Salmos 55:5
Temor e tremor vieram sobre mim; e o horror me cobriu;
Jó 4:14
Sobrevieram-me o espanto e o tremor, e todos os meus ossos estremeceram.
Ou seja, trata-se da espiritualidade do medo.
Quando se fala em rendição aqui, não se fala de entrega como
no hinduísmo supra citado, mas de uma rendição semelhante a de um exercito
derrotado.
Um Deus que não aterrorize, nessa visão, não é um grande
Deus.
Como Zeus com seus raios. Como Baal e sua boca devoradora de
sacrifícios humanos.
Já a fala do Cristo, Jesus, modifica esta relação de temor e
tremor, para uma relação de identificação e confiança, como se vê nos textos do
Evangelho segundo João:
Eu e o Pai somos um. João 10:30
E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam
um, como nós somos um. João 17:22
Não há medo, nem ameaças, mas fortalecimento da auto estima,
restabelecendo a herança divina do homem, retirando dele seu complexo de
viralata, e transformando-o em um príncipe do Universo.
Este é um reforço psicológico positivo, ao contrário da
outra forma, não necessariamente errada, mas demodé.
A estratégia do Terror, a do Tremor/Temor, pressupõe
genericamente que todas as pessoas são estúpidas e grosseiras, infantilizadas,
e que só se mobilizariam se fossem açoitadas psicologicamente.
A educação através do carinho e do convencimento nunca foi
considerada como primeira opção porque implica um refinamento intelectual
superior, uma compreensão mais profunda da natureza humana, uma fé no ser
humano mais intensa do que os líderes, chamemos assim, do mal, possuíam.
Não, seria injusto achar que eles fizeram as coisas como
fizeram apenas por maldade. A causa era mais pueril e banal: ignorância, primariedade
mental, falta de elaboração, falta de complexidade cultural.
Costumamos achar que existiu um complô bem organizado para
levar todo o ocidente a se tornar apático e inseguro.
Não é correto. O Ocidente é apenas mentalmente limitado,
retilíneo, grosseiro. Ao contrário do Mundo Oriental, milenar, o Ocidente
sempre teve um pensamento primeiramente racional e depois militar.
Se bem que o espiritualista deve ater-se a razão tanto
quanto a intuição a Espiritualidade é estranha para o pensamento racional.
Por isso é mais fácil um espiritualista ser racional do que
um racionalista se espiritualizar.
Aquele que tem como meio primordial de contato com o mundo a
razão fica restrito a este canal e não se dá conta da amplitude que o cerca,
como alguém que trabalha fascinado em seu computador sem conexão com a Internet,
orgulhando-se das muitas operações que sua máquina pode realizar, da qualidade
da imagem de sua tela, mas incapaz de ter acesso a qualquer coisa fora de seu
CPU.
As informações não baixam suave e rapidamente da nuvem de
terabytes sobre seu computador, mas tem que ser trazidas, em grupos, dentro de
pendrives ou CD-ROMs, mais lentamente, mais mecanicamente.
O intelectual não sabe que há uma rede espiritual na qual
podemos mergulhar e da qual podemos desfrutar sempre que desejarmos ou
precisarmos, rede esta que nos desobriga de levarmos conosco um sem número de livros e textos todo o
tempo, rede que pode ser acessada em qualquer lugar do planeta ou do Universo e
que é a reunião de todo o conhecimento que existe em uma só dimensão ou talvez
em várias dimensões.
Quando Cristo prega a União (Eu e o Pai somos Um) ele propõe
esta conexão. Uma conexão direta , sem intermediários, e se usarmos o linguajar
martinista, uma conexão cardíaca.
Ouvi uma vez, já comentei aqui, um discurso dentro do Templo
Martinista, que associava a Fé Martinista não à uma crença cega como a rosacruz
sempre repudiou em seus textos, mas sim a conexão com o GADU, a vinculação
entre nossos atos e Sua Vontade, de forma a que nos tornássemos seus
"Agentes Divinos na Terra". Perfeito. (Este é um dos movimentos
teóricos de rosacrucianização do Martinismo assim como existem outros
movimentos que martinizam o rosacrucianismo.) Conexão, harmonização de
objetivos e planos, fusão entre a nossa mente e a mente de Deus, é isso que
todo místico almeja e quer.
Mas é preciso superar a premissa de que para isso é preciso
Medo, Tremor e Temor.
Se existia algo em que a mensagem do Cristo sempre insistiu
foi em tratar os seres humanos com respeito e dignidade, todos os seres, os
fracos e os fortes, os nobres e o pobres, os cultos e os incultos.
Ele, o Cristo, viu a presença do Espírito de Deus em um
coletor de impostos e em uma prostituta, em um pescador ignorante das letras e
em um soldado romano, em Fariseus reunidos na cada de José de Arimatéia da
mesma forma que em uma mulher samaritana que lhe dá água para beber.
Em Atos dos Apóstolos, 10:34, um Pedro surpreso faz uma
constatação: "E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus
não faz acepção de pessoas".
É estranho que ele, que tinha convivido tão perto de Jesus
já não soubesse disso. Mas assim era. Mesmo depois de Pentecostes, Pedro
continuou a evoluir e se aperfeiçoar, a descobrir que o Ministério Cristão não
seria um fardo fácil de carregar, já que eles, Seus discípulos, não tinham
tanta luz quanto o Mestre, tanto discernimento e elaboração mental e
psicológica quanto ele, sendo vítimas de preconceitos culturais naturais àquela
época e região. Daí a perplexidade de Pedro ao descobrir que todos tem luz,
todos são manifestações do Divino, mesmo aqueles que não vão ao templo. Num
poço, no meio do caminho, Jesus vê a presença do Bem; em uma prostituta ele
divisa a presença do Bem. Seus atos, não suas palavras, dizem: Deus está dentro
de todos e de todas as coisas, em toda parte.
Um verdadeiro Cristão, descobria Pedro nesta passagem, veria
a todos os seres humanos como iguais, repetindo uma passagem do Bhagavad Gita:
"O Iluminado não vê distinção entre o Brâmane, o
elefante, o cachorro e o comedor de cachorro (pária)"
Aquele que se Ilumina manifesta dentro de si esta
transformação e não fora dele. Ao contrário do que a Igreja pregou, não são
seus atos que devem se modificar, mas ele mesmo, internamente.
A bondade mecânica não faz o homem caridoso, mas o homem que
foi tocado pela bondade torna-se caridoso naturalmente.
E a bondade não vem de fora para dentro, brota dentro de nós
quando permitimos a manifestação de Deus em nós, quando auxiliamos este Deus em
nós a se manifestar e transcender a ilusão da limitação da carne.
Isto lembra o método socrático conhecido como Maiêutica, o
parto das almas. Sócrates o ensina no Teeteto, um dos diálogos de Platão, que diz:
"Sócrates — A
minha arte obstétrica tem atribuições iguais às das parteiras, com a diferença
de eu não partejar mulher, porém homens, e de acompanhar as almas, não os
corpos, em seu trabalho de parto. Porém a grande superioridade da minha arte
consiste na faculdade de conhecer de pronto se o que a alma dos jovens está na
iminência de conceber é alguma quimera e falsidade ou fruto legítimo e verdadeiro.
Neste particular, sou igualzinho às parteiras: estéril em matéria de sabedoria,
tendo grande fundo de verdade a censura que muitos me assacam, de só interrogar
os outros, sem nunca apresentar opinião pessoal sobre nenhum assunto, por
carecer, justamente, de sabedoria. E a razão é a seguinte: a divindade me
incita a partejar os outros, porém me impede de conceber. Por isso mesmo, não
sou sábio não havendo um só pensamento que eu possa apresentar como tendo sido
invenção de minha alma e por ela dado à luz. Porém os que tratam comigo,
suposto que alguns, no começo pareçam de todo ignorantes, com a continuação de
nossa convivência, quantos a divindade favorece progridem admiravelmente, tanto
no seu próprio julgamento como no de estranhos. O que é fora de dúvida é que
nunca aprenderam nada comigo; neles mesmos é que descobrem as coisas belas que
põem no mundo, servindo, nisso tudo, eu e a divindade como parteira."
Aqui está a diferença entre a técnica do medo e da angústia
como fonte de crescimento espiritual e o convencimento e a elaboração
solidária, companheira, camarada entre Mestre e Discípulo.
Neste primeiro ensaio de reflexões sobre os comentários de
Inc devo parar por aqui. Se algumas linhas me causaram tantos desdobramentos só
posso agradecer a Inc pela chance de esclarecer meus pontos de vista.
Pretendo continuar a trabalhar essas idéias e acho que vou
deixar para publicar tudo de uma vez para não criar debates paralelos.
Caro Mário, boa tarde,
ResponderExcluirPretendo responder de forma sucinta, sem tomar o teu tempo e ao final te deixo duas perguntas.
Em relação a esta primeira Meditação eu estou totalmente de acordo.
Com efeito, a forma com que são propostos os escritos estão intimamente vinculados às concepções da época e da cultura de quem os escreveu (como diria José Ortega y Gasset – Yo soy yo y mi circunstancia).
Jesus foi revolucionário justamente por realizar a nova aliança, modificando toda crença que existia no Ocidente em relação ao rigor da Lei Mosaica.
São Tiago reafirma essa mudança de atitude em sua epístola e São Paulo, apesar de seu histórico Judaico, também em sua epístola aos Coríntios fala que de nada adianta o conhecimento ou o cumprimento da lei sem o Amor.
Por outro lado, Jesus não deixou uma dogmática Cristã. Evangelho significa ‘a boa nova’, são apenas relatos de atitudes e ensinamentos. Os Apóstolos e seus sucessores começaram a erigir a dogmática cristã e uma vez vinculados ao seu tempo e espaço conseguiram realizar algo que estava em seu imaginário e no de seu povo.
Por isso, por vezes, é possível encontrar rigores que vieram a permear a dogmática.
Escrevendo isso estou concordando com tudo que dizes.
LCSM também estava vinculado ao imaginário de sua época e, ainda assim, sofrendo no meio de uma revolução sanguinária. O mesmo LCSM no início do Ministério do Homem Espírito diz que viriam livros do Oriente que jogariam luzes para o Ocidente.
Eu acabo essa resposta apenas perguntando a ti caro Mário:
- Os rigores erigidos pela Apologética Cristã, apesar do Cristo, não teriam por fundamento formar uma dogmática que conseguisse conduzir o povo? Esses não seriam apenas os ensinamentos Exotéricos que permitiam conduzir um povo ainda infantil a burilar sua parte instintiva para posteriormente permitir o desenvolvimento anímico e espiritual?
- No mesmo sentido LCSM fala que seus livros são direcionados para todos. Não buscaria ele apenas demonstrar a necessidade do homem sublimar sua parte instintiva (e não mata-la) para permitir a formação do Novo Homem?
Por fim agradeço a modificação do termo Réplica e quanto ao ícone ficou legal sim. Lembro que há uns anos eu já havia levado um puxão de orelha seu por utilizar o nome INC ou INCOGNITO e cheguei a te enviar email e Skype.
Um grande e TFA do seu Ir:. na busca.