Por Mario Sales, FRC.:,S.:I.:,M.:M.:
“Então veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim.
por isso disse Moisés a Josué: escolhe-nos homens,
e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro,
e a vara de deus estará na minha mão.
e fez Josué como Moisés lhe dissera, pelejando contra Amaleque;
mas Moisés, Arão, e Hur subiram ao cume do outeiro.
e acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia;
mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia.
porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra,
e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela;
e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro;
assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs.
e assim Josué desfez a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada.”
Êxodo 17, versículos 8 a 14
Este evento bíblico narrado no Livro do Êxodo, parte integrante da Torah, chama a atenção pela correlação direta que estabelece entre a prece, como ato teúrgico, e os acontecimentos da vida cotidiana.
Fala mais: sobre a influência da prece sobre a Guerra, talvez o evento mais dramático da sociedade humana depois da Morte.
Este é o espírito judaico. Esta é a noção da relação que o judeu estabelece entre seu Deus e a existência física na Terra.
“O que está em cima, está em baixo, e o que está embaixo está em cima” diz a Tábua de Esmeralda.
Prece e Vitória, nome da 7ª sephira, Netsach, já no nível do Mundo da Formação, Olam-ha-Yetsirá.
Prece que vem de Malchut, no Mundo da Ação, Olam-ha- Assiá, e que através de Iessód, a Sephira Fundação, passa por Hod, a Glória e chega a Netsach.
Já vi interpretações desta passagem como simbólica da luta espiritual.
Talvez. A mim fica claro que se trata da representação da relação entre a Oração e o Mundo da Ação, o Mundo das coisas materiais, aquelas que nos angustiam e nos afligem todos os dias.
Ligação entre o Invisível e o Visível, entre o Divino e o Humano, naquilo que o Mundo de Assiá tem de mais humano: nossas angústias materiais, nossos desafios imediatos, aqueles que desencadeiam sofrimento e demandam a intervenção de Deus de forma aparentemente miraculosa.
Mãos e braços ao alto. A pedra por debaixo. Pedra que fundamenta, que sustenta.
Fundação.
Fundação.
Na cena Moisés representa a imagem da parte inferior da Árvore da Vida.
Vejo os simbolismos e as relações esotéricas com esplêndida clareza: pedra( Malchut); apoio, fundação,(Iessód); o braço direito em direção a Glória,(Hod); o braço esquerdo em direção a Vitória,(Netsach).
Existe também uma letra hebraica cuja forma lembra um homem sentado com os braços para cima em oração: Tzadik.
Observem:
Existe também uma letra hebraica cuja forma lembra um homem sentado com os braços para cima em oração: Tzadik.
Observem:
E o que representa Tzadik? A Fé do Justo. Ela se assemelha a Alef. Tsade é a letra companheira de Alef, o Mestre do Universo.
Com a letra Tzadik começa a palavra Tzelem, a "Imagem Divina" segundo a qual Deus criou o homem.
Ela corresponde aos três níveis da alma: mente, coração e ação, enquanto as duas letras seguintes de tzelem, (lamed e mem) corresponde aos dois níveis transcendentes da alma, "o vivente"(chaiah) e "o único"(Yeshidá), respectivamente. Estes dois níveis se voltam conscientes, como dois estados de fé na percepção interna do Tzadik: fé na Luz transcendente de Deus, a máxima fonte de criação e na mesma essência de Deus, a máxima fonte de revelação da Torah.
Não se trata apenas de uma luta interna, ou das coisas sutis da psicologia; trata-se da vida, da luta pela sobrevivência diante de ameaças palpáveis, representadas na passagem por Amaleque, o Inimigo.
Com a letra Tzadik começa a palavra Tzelem, a "Imagem Divina" segundo a qual Deus criou o homem.
Ela corresponde aos três níveis da alma: mente, coração e ação, enquanto as duas letras seguintes de tzelem, (lamed e mem) corresponde aos dois níveis transcendentes da alma, "o vivente"(chaiah) e "o único"(Yeshidá), respectivamente. Estes dois níveis se voltam conscientes, como dois estados de fé na percepção interna do Tzadik: fé na Luz transcendente de Deus, a máxima fonte de criação e na mesma essência de Deus, a máxima fonte de revelação da Torah.
Não se trata apenas de uma luta interna, ou das coisas sutis da psicologia; trata-se da vida, da luta pela sobrevivência diante de ameaças palpáveis, representadas na passagem por Amaleque, o Inimigo.
Aqui está uma verdadeira lição de Teurgia oculta na Torah.
Esta é a minha impressão.
Caro Irmão,
ResponderExcluirGostaria de colocar que as mãos estendidas ao céus indicam a benção, que o Pai manda ao Filho, da benzedeira,do Page ao enfermo, enfim, é uma posição muito mística e religiosa. Dizem que o homem foi criado para ser o intermediário entre o visível e o invisível. Depois da queda ficamos em
Malkut desempenhando esta operação. Pois bem, o homem tem que fazer malabarismo para atingir este objetivo. No inicio, com Aleph foi fácil, porque o traço transversal é apoiado por dois Iud, um voltado para cima e outro, para baixo.Porem, com - Tzadik: A Fé do Justo - pela posição que neste instante ocupamos, temos que ficar totalmente estendido em Malkut para que os dois Iud possam elevar-se ao Yesod e aos demais níveis da Arvore da Vida. Creio que o Irmão foi muito feliz na sua analogia entre a passagem bíblica e a letra hebraica
Saudações Fraternas
CristinaCilento