Por Mario Sales, FRC.:, S.:I.:,M.:M.:
Nesta semana em que o planeta atravessa o impacto do final de uma caçada de quase 10 anos a um terrorista que levará para o túmulo a marca de ter conseguido atingir um alvo americano em solo americano, burlando a antes propalada inviolabilidade do território mais defendido do mundo depois de Israel, venho descobrir traços premonitórios na arte cinematográfica.
Sou cinéfilo assumido.
Acredito que tenha sido o responsável por introduzir na Morada do Silêncio a abordagem cinematográfica na explicação de conceitos místicos.
Hoje a vida do cinéfilo é extremamente mais fácil.
Robert Aldrich
Todos os filmes de todas as épocas podem ser conseguidos a um toque de mouse. Mesmo assim a produção internacional é gigantesca e toda uma vida não seria suficiente para ver tudo que foi feito, de boa ou má qualidade, em todo o mundo.O estranho é descobrir novos títulos em áreas antes supostamente conhecidas como a produção de farwest americano, ainda mais com atores do calibre de Burt Lancaster.
É nesse perfil que se enquadra A VINGANÇA DE ULZANA, filme de 1972, direção de Robert Aldrich (1918-1983), cuja sinopse é a seguinte: uma tropa da cavalaria americana parte em busca de um grupo de índios liderados por Ulzana, que deixaram sua reserva e iniciam uma jornada de saques, estupros e crimes por onde passam.Ou seja, terroristas da época.
Bom, sem contar o final, que para um cinéfilo é sacrilégio, atentem para a semelhança do nome do Vilão fictício com o do Vilão real, que 29 anos depois entraria para a história tragicamente, e 39 anos depois seria derrotado e morto em seu esconderijo no Paquistão. E o trabalho que o vilão da ficção dá ao exército americano é proporcionalmente igual ao que o vilão da vida real causou.
Repito, pode ser delírio, mas delirar não é crime. Ulzana sai da reserva e se volta contra os americanos. Osama sai do Paquistão para lutar no Afeganistão onde antes foi treinado pelos americanos para lutar contra os soviéticos, os chamados mujahedin que em 1985 se reúnem no Paquistão para formar uma aliança contra a invasão russa.E é no mínimo curioso que 29 anos antes de Obama conseguir derrotar Osama, a saga de Ulzana já estava nas telas.
Talvez o Inconsciente Coletivo Junguiano não seja apenas a compilação da cultura humana atual, mas desrespeite até os falsos (como todo rosacruz aprende no 2° grau de neófito) limites de tempo e espaço.
Precisamos prestar mais atenção à ficção.
Desde Julio Verne estamos avisados que a fantasia pode ser muitas vezes uma profecia disfarçada.
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