por Mario Sales, FRC,SI,CRC
Porque tu acenderás a minha candeia; o Senhor meu Deus iluminará as minhas trevas.
O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; é um escudo para todos os que nele confiam.
Porque quem é Deus senão o Senhor? E quem é rochedo senão o nosso Deus?
Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho
Salmos 18:vers 28-32
21 Ó humanos, adorai o vosso Senhor, Que vos criou, bem como aos vossos antepassados,
quiçá assim tornar-vos-íeis virtuosos.
22 Ele fez-vos da terra um leito, e do céu um teto, e envia do céu a água, com a qual faz brotar os frutos para o vosso sustento.
Corão, Al Bácara, 2a surata, vers 21 e 22
Quando nos elevamos a Deus, nós místicos, em prece, tomados
pela Fé, não o fazemos por crer em alguma coisa improvável e indemonstrável que
nos ensinaram a adorar.
Fazê-mo-lo para intensificar nossa conexão com a Fonte de
Todas as Coisas, com o intuito de
fortalecer esta ligação, esta frequência de contato com Aquilo que nos Dá Vida
e Existência, e do qual sentimos a presença em todos os instantes de nossa
vida.
Quando amamos a Vida e aos outros seres humanos, não o
fazemos para mostrar virtude ou para sermos objeto da aprovação dos moralistas
e dos vigilantes dos costumes sociais, mas porque precisamos deste estado de
bem que só o Amor desencadeia em nosso organismo, no batimento de nosso
coração, na serenidade de nossa respiração e mente, na qualidade de nossos
pensamentos.
Amar para o místico não é uma virtude: é necessidade, algo
físico e palpável em nossa pele, em nossos órgãos, da mesma forma que o Ódio
destrói nossa saúde ou o Ressentimento nos envenena.
Quando o místico é sincero, e sua boca reflete o que vai no
seu espírito, ele manda sinais aos seus interlocutores através de odores e de
trejeitos indescritíveis, mas perceptíveis da máscara facial, ou do ritmo de sua
respiração, que dão ao outro que o ouve uma forte sensação de segurança e
confiança em suas palavras. A sinceridade cria um ambiente amigável a sua volta
e fortalece os laços de amizade entre os que percebem a honestidade de sua voz.
Esta atmosfera amistosa e confiante não é de cunho moral apenas , mas
essencialmente fisiológica.
Quando o místico, enfim, é generoso, atendendo os impulsos
de seu espírito ou uma intuição que lhe vai na alma, apenas exercita a mesma
conexão de que falava antes, através da qual recebe e obedece as orientações
que o comandarão em missões na sociedade humana de socorro aos verdadeiramente
necessitados, e não aqueles que são lamentadores profissionais. Esta distinção,
este discernimento entre os que foram ouvidos em suas súplicas, pela
sinceridade de seu pedido e pela Fé que demonstraram em sua demanda, os torna
parte da conexão com a Fonte de Toda a Vida que, através dos mais sensíveis,
seus agentes na Terra e na sociedade, respondem aquele apelo, com o auxílio
necessário e merecido.
Os atos do místico, portanto, não são atos de virtude ou de
bondade; são apenas reações automáticas ao jogo de forças presentes nesta
imensa rede de consciência aonde todos nós estamos imersos, mesmo que a maioria
não se aperceba, atos pragmáticos e práticos, certas vêzes absolutamente
inevitáveis, comandos de uma Autoridade Maior, os quais não podem ser
desobedecidos ou negligenciados.
A Vida Mística não reflete uma virtude.
Misticismo não é crença, mas conexão perceptível, corpórea,
mental e física.
Qualquer coisa em misticismo fora disso, são falácias e
fantasias baseadas em pressupostos inúteis e improdutivos.
Frater Mario,
ResponderExcluirO que o esse CRC que você coloca em sua assinatura?
TFA/PP
Significa Cavaleiro Rosa Cruz, 18° Grau da Maçonaria no Rito Escocês Antigo e Aceito, o mais praticado no Brasil. Eu me orgulho muito deste grau por razões óbvias. Grande abraço e fico muito feliz de receber um comentário assinado, para variar.(ahahahahahah)
ResponderExcluirObrigado por responder!
ExcluirEu estou no grau 22º do REAA e realmente vi a instrução no ritual do 18º que orienta "O Cav.'. R.'. C.'., ao assinar a presença ou documentos maçonicos, aporá ap sei nome o Gr.'. e as iniciais R.'.C.'.".
A questão é que nunca vi ninguem fazendo isso de modo que não sabia se coloca no inicio do nome ou no final depois do grau. E tambem fico meio sem entender a necessidade ja que se o cara coloca que é 30º obviamente ele ja recebeu o 18. Entao precisaria colocar o RC tambem?
São dúvidas de um maçom jovem hihihi, obrigado pela atenção!
TFA/PP
R.'.C.'. Társis Valentim, FRC, AS, 22º.
(se voce nao costuma ter comentario assinado esse ta beeeeem assinadinho hahahahaha)