por Mario Sales, FRC,SI,CRC
Porque cremos no que cremos?
Há duas possíveis respostas para esta questão.
A primeira é a resposta dos religiosos, que crêem por que
crêem; provavelmente isto advém do efeito de um condicionamento educacional,
seja do ambiente familiar, seja do ambiente social específico ou comunidade em
que se desenvolvam, a qual lhes instiga desde a infância certos valores e
paradigmas, de modo tão intenso e cotidiano que, anos mais tarde, difícil é
admitir que aquele conhecimento é adquirido e não inato, que veio de outros e
não de dentro de nós.
A segunda é a resposta dos homens e mulheres dedicados à ciência.
Também por força de um ambiente familiar que lhes permite uma visão mais
elástica e de horizontes mais amplos do mundo, acostumam-se a correlacionar
desde cedo acontecimentos e experiências com convicções.
Observam a complexidade da natureza e se fascinam com seus
mecanismos íntimos, tanto os de natureza atômica, quanto os de natureza biológica,
ambos belos e complexos.
Enfim, cremos em certas coisas porque nos ensinaram a crer
nessas coisas, e portanto reproduzimos comportamentos mentais de terceiros: chamaremos este tipo de tipo 1; ou cremos em coisas que presenciamos e
experimentamos pelo ver, tocar, sentir, cheirar, e em função deste testemunho
físico e perceptivo, cremos na sua existência: chamaremos este tipo de tipo 2.
Tanto os do tipo 1 quanto os do tipo 2 aperfeiçoam seus
modos de crer, ao longo do tempo.
Os do tipo 1 começam crendo em coisas que outros crêem, mas
depois começam a ter crenças próprias, mesmo mantendo o mesmo protocolo de
partir de convicções que não estão apoiadas em fatos, mas em impressões
pessoais acerca do mundo, ou seja, simples opiniões. Uma coisa não muda, a estabilidade
de suas idéias, as quais não tem por características evoluirem, se transformarem,
se adaptarem a condições diferentes, épocas diferentes.
QUADRO I
Os do tipo 2 aprendem a pensar de acordo com acontecimentos.
E como pelo menos alguns acontecimentos se modificam diariamente, suas convicções, mais flexíveis, também mudam, se
alterando com frequência, desde que os fatos se alterem.
A vida gera uma espécie de tensão no seu movimento de fluxo,
como um líquido dentro de um cano que faz uma certa pressão para fora quando
flui por ele.
Tipos 1 geralmente são como canos com paredes mais rígidas,
aonde a pressão é maior. Tipos 2 tem canos de paredes mais elásticas que se
distendem com mais facilidade. A conclusão natural é que a tensão e o risco de
explosão nos tipo 1 é bem maior.
Pessoas com crenças sem fundamentação tendem a ser mais
agressivas, irritadiças, e tem uma saúde mental mais instável.
Mas, e os Místicos? São do tipo 1 ou do tipo 2?
Depende.
Há religiosos muito devotos que são chamados místicos.
E existem místicos não religiosos, não egressos de uma
tradição religiosa específica.
QUADRO II
Os primeiros estão ligados a uma fé, se bem que ao
ultrapassarem determinado nível de profundidade em sua experiência mística, os
aspectos formais de suas religiões ficam para trás. Dizem até que todos os
místicos, qualquer que seja sua origem e tendência, em certo local da busca ,
se encontram no mesmo lugar.
Particularmente, prefiro os místicos que não partem de um
pressuposto religioso, entre os quais me incluo.
Eu explico. Todo condicionamento é difícil de superar. Como
o cigarro. Torna-se um vício.
Por isso um místico que se percebe místico, arrastado por
uma tendência íntima e não a partir de um estímulo externo inicial, é, não
mais autêntico, mas mais flexível e aberto a novas experiências.
E nisto, místicos sem um viés religioso inicial se parecem
muito com os crentes do tipo 2. Fundamentam suas crenças em experiências de
percepção.
Sua diferença em relação aos cientistas ortodoxos é que
estas experiências são internas e não externas.
Mas quando digo internas, quero dizer muito profundas.
Explico. Tipos 2, embora mais flexíveis, são mais
superficiais. Sentem-se cientificamente inseguros com experiências sobre as
quais não possuam total controle, e as experiências de cunho psicológico são
desta natureza.
Tanto que é preciso, em experiências psicológicas,
estabelecer uma série de salvaguardas para evitar o que se chama em ciência
subjetivismo, ou seja, a interferência da opinião pessoal ou de crenças
pessoais na interpretação dos fenômenos a nossa frente ou dentro de nós.
Isto, a rigor, é impossível.
Então, o que podemos fazer é diminuir ao máximo esta
interferência de nossas crenças pessoais, de tal forma que, sendo reduzido o
dano, possamos ter alguma confiabilidade nos resultados encontrados.
Isto tem transformado as experimentações de cunho
psicológico cada vez mais em experimentações mais neurológicas, neuroanatômicas,
do que essencialmente psicológicas.
Místicos de origem não religiosa também trabalham baseados
em percepções e experiências, só que internas, e se especializam em separar
mentalmente o que é produto de crenças psicológicas das sensações que vem
direto do seu coração. Toda a sua vida é dedicada a esta experimentação
solitária e pessoal, na identificação da origem de cada pensamento, de cada
sentimento.
Como se nosso interior fosse nosso laboratório. Não, não
como se fosse: nosso interior é
nosso laboratório.
Entro em meu coração como entraria no departamento de
psicobiologia de uma universidade.
Ponho meu avental rosacruz, como colocaria meu guarda pó
branco do laboratório.
Dirijo-me ao meu sanctum como me dirigiria a bancada de
trabalho de meu laboratório fictício universitário.
Existem procedimentos preliminares em ambos os casos. Ligar
o computador e os instrumentos em um; acender as velas e dizer a abertura
padrão em outro; ler os relatórios e ver a agenda de experimentos do dia em um;
ler os relatos das monografias e os experimentos programados para o sanctum
daquela noite.
E começam os trabalhos.
Testes e mais testes, nos procedimentos científicos
ortodoxos, analisando fatos externos; nos procedimentos heterodoxos, místicos,
analisando fatos internos da nossa própria mente.
Alguns exemplos de trabalhos experimentais heterodoxos:
aonde começa em mim a superstição e termina o misticismo?
Porque cremos em coisas invisíveis e as chamamos de reais, como o poder
esotérico das letras hebraicas, e não acreditamos em Vodu[1]
haitiano, por exemplo? São todas as crenças mágicas, sempre, produto de uma
superstição? Ou só aquelas que não geram resultados visíveis? Deveríamos como
místicos simpáticos ao tipo 2 de crença, ater-nos somente as experiências que podemos
realmente fundamentar em percepções internas intensas e de realidade
indiscutível ou devemos crer em informações da tradição, não comprovados?
O que concluo é que nós, rosacruzes, andamos no fio da
navalha, mais ou menos como os médicos. Nós, médicos, temos contato com
situações sempre as mais complexas e nem sempre podemos explicar tudo que
testemunhamos.
Temos alguns protocolos mentais para poder exercer nosso
trabalho de médicos, algumas compreensões básicas do ser humano, conhecimentos
anátomo-bioquímicos, formas de entender o fenômeno da vida, da saúde e da
doença, só que em grande número de oportunidades as coisas saem de nosso
controle e percebemos que tudo que sabemos não nos garante cem por cento de
compreensão daquilo que está ocorrendo a nossa frente. E alguns de nós,
médicos, seja porque não somos competentes o suficiente, seja porque somos
muito capazes, acabamos preenchendo as lacunas com explicações metafísicas e
religiosas, e às vezes, místicas.
De todas as comunidades científicas, a comunidade médica é
talvez a que está mais próxima da superstição pela natureza humana de sua
prática.
Aquilo que a psicologia tenta retirar de seus experimentos,
na medicina também tentamos, mas com menor grau de sucesso, já que a prática
médica não é, via de regra, protegida por salvaguardas experimentais do
subjetivismo.
Médicos não estão impedidos de fazer ciência, de pensar como
pensam pessoas racionais, de crer como crêem os indivíduos do tipo 2, mas
muitas vêzes entram no meio de nossos procedimentos mentais aspectos e crenças
do tipo 1, que vem preencher os vazios provocadas pelo intenso subjetivismo de
nosso trabalho.
Podemos nos desfazer deste subjetivismo, no dia a dia?
De forma alguma, ele é parte do indivíduo a nossa frente,
ele é talvez sua maior parte. E pensando de modo tipo 1, às vezes parece que se
resolvêssemos esta parte subjetiva do paciente a nossa frente todo o resto se
resolveria. Depois, vemos situações físicas irreversíveis, que evoluem como
deveriam evoluir, e voltamos ao modo tipo 2, e o que antes nos passou pela
mente desaparece. Ficamos como que
oscilando de um tipo a outro de crença porque os fatos e as combinações
à nossa frente no consultório ou no leito são tão dinâmicas e complexas que um
tipo só de crença seria desejável, mas nem sempre é possível. Eu ainda acho que
talvez a oscilação mais adequada não seria essa entre o tipo 1 e o tipo 2 , mas
entre o tipo 2 e outro tipo, o tipo 3, que instauro agora, o qual definirei
aqui como aquele modo de crença baseado em vivências interiores livres de
subjetivismo psicológico e que ficam mais claras quanto mais frequentamos e
experimentamos em nosso laboratório interior.
O tipo 3 de crença, pois , é o tipo de crença baseada em
percepções claras que vem do coração, não da mente, aonde nascem as crenças e
aonde habita o intelectualismo. O tipo 3 é o canal da intuição captativa,
aquela que nos alimenta de dentro para fora, ao contrário do tipo 2 alimentada
de fora para dentro.
Rosacruzes entendem isso. Médicos nem sempre, mas às vezes, mesmo
que não sejam rosacruzes, sabem do que estou falando.
Existem coisas que vem de dentro, mais profundas do que
aquelas identificadas por Schopenhauer como o erro de Kant, em suas três críticas,
a da Razão Pura, a da Razão Prática e a do Juízo.
Kant supunha que a percepção do real era algo horizontal que
entrava pelos nossos sentidos, como uma sensação, e aos poucos ia se
transformando em uma concepção, ou crença. Em sua sistematização ele dizia que "sensação é o estímulo desorganizado,
percepção é a sensação organizada, concepção é a percepção organizada (conhecimento),
ciência é o conhecimento organizado e sabedoria é a vida organizada." E
quem faz esta organização da sensação, da percepção e da concepção, até que se
transforme em conhecimento? A mente, que é assim demonstrada por Kant como um
"órgão" real, pré existente em todos os seres humanos, e que faz
parte da estrutura neurológica básica. Este conceito, é, inclusive, a base da
informática. Todo computador tem um processador, uma "mente" que
organiza os dados de diversos softwares que chegam, através de diferentes mídias, cds,
pendrives, ou via rede. Sem este processador, as informações não poderiam ser
lidas e transformadas nas imagens que contemplamos em nossas telas.
QUADRO III
Schopenhauer, seu admirador e discípulo declarado, na
introdução de "O Mundo como Vontade e Representação", passa páginas e
páginas se desculpando por ter que corrigir o mestre, mas corrige-o lembrando
que os estímulos exteriores, que vem de modo horizontal, não são os únicos estímulos que
chegam a nossa mente, ao nosso processador.
As sensações que vem do próprio organismo, de modo vertical,
sede, fome, desejo sexual, emergem em nossa consciência sem passar pelo ordenação
do crivo mental, e são transformadas em pensamentos, num processo conhecido
pelo nome de sublimação.
Sensações orgânicas sublimadas se transformam em sonhos ou
mesmo pesadelos, mas também podem se transformar em impressões subjetivas que
simulam percepções mais profundas. Era disso que eu falava quando me referia a
percepções mais profundas que aquelas que os pensadores científicos ortodoxos
tipo 2 costumam considerar em suas experiências psicobiológicas.
Quando falo que os místicos buscam compreender e discernir
com clareza, todo o tempo, quando uma impressão vem do seu íntimo, refiro-me
também à diferenciação entre o que vem do coração ou do estômago. Essa
distinção requer alguma prática e experiência. O conhecimento científico e a
cultura ajudam, mas não são suficientes. É preciso prática, experimentação.
Não me refiro à coisas óbvias como uma dor ou um desconforto
digestivo, mas, por exemplo, os efeitos de uma digestão inadequada em um tipo
qualquer de pesadelo, que muitos não conseguem entender, não tem nenhum tom
profético, mas apenas refletem a sublimação do caos no fígado e no pâncreas com
o excesso de gordura a ser metabolizada.
Refiro-me a média das pessoas, não às mentes mais claras.
Pensar é tão complicado quanto sentir, ambos exigem
educação e treino.
Podemos educar nossa sensibilidade visual, auditiva, tátil.
Podemos melhorar também nossa imaginação, nossa sensibilidade estética
literária. Aliás isto é absolutamente necessário. Já dizia o poeta "a gente
não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte". E subsídios para a nossa imaginação, eu diria.
O místico equilibrado caminha, pois, no fio da navalha,
entre a busca de atender a chamados do coração, que precisam ser identificados
e percebidos com clareza, mesmo em meio a estática da racionalidade e das
sensações corpóreas sublimadas descobertas por Schopenhauer, que em muito
influenciariam o pensamento de Nietzsche e Freud, com sua noção de
Id.
É preciso prática para ter clareza nesta distinção entre as
sensações e impressões que vem de medos pessoais ou da intuição captativa[2]; o
que vem do coração e o que vem da mente.
QUADRO IV
Crenças místicas, portanto, são de dois tipos: aquelas que
se baseiam na auto percepção interior profunda, sempre muito bem fundamentadas
em uma sensibilidade interior profunda, cardíaca, e aquelas trazidas pela
tradição esotérica, às vezes descrições literárias de percepções genuínas do
interior e, às vêzes, relatos sem qualquer fundamentação, narrativas
fantasiosas e sem possibilidades de correlação com nossa existência.
QUADRO V
Precisamos, portanto, realizar uma Crítica da Tradição
Esotérica, ao estilo Kantiano, e separar informações genuínas e íntimas
daquelas que são relatos sem base, que não passam de crenças tipo 1, já que não
podem ser demonstrados ou sentidos, interior ou exteriormente. Alguns místicos
dizem, quando lêem relatos sobre mundos paralelos ou seres transcendentais
invisíveis que "sentem que é verdade". A pergunta é: sentem
realmente, em seu íntimo, sem que a sua mente e crenças tipo 1 interfiram,ou
querem acreditar nessas coisas?
Este é um trabalho desagradável para muitos que vêem na
prática mística um refúgio de um mundo racional. Lamento dizer que não é.
E eu já comentei aqui que pronaoi, capítulos e Lojas
Rosacruzes, bem como Heptadas Martinistas e Lojas Maçônicas estão cheias de
pessoas com pouca ou nenhuma capacidade racional ou bom senso, alguns casos
mesmo, beirando a necessidade de intervenção psicoterapêutica ou psiquiátrica.
O misticismo profundo não é um antagonista da razão, mesmo
que abrace contradições internas em seus trabalhos esotéricos. Isto tem a ver
com a diferença de pressupostos e metodologia em relação ao pensamento
científico ortodoxo, apenas isto.
Existem práticas pseudo científicas que devem ser combatidas
como danosas à formação de mentes melhores e ao exercício da verdadeira
ciência.
Da mesma forma existem práticas pseudo místicas, na verdade,
práticas religiosas disfarças de místicas, ou para usar as categorias deste
ensaio, Crenças tipo 1 disfarçadas de Crenças tipo 3.
Este tipo de reflexão não implica o início de uma caça às
bruxas. Aliás, tal coisa, bruxas, não existem.
Existem apenas diferentes tipos de abordagem do real e de
crenças, que precisam pelo menos em nossa mente, ter as suas características
bem claras, para que não cometamos erros epistemológicos e confundamos alhos
com bugalhos.
Um dos riscos desta falta de clareza é o obscurantismo. Se
bem que é comum pensarmos que o obscurantismo é característica apenas de
excessos do universo religioso, entre místicos podemos identificar também um
equivocado viés obscurantista, como uma intolerância inexplicável com os
procedimentos científicos ortodoxos, ou uma atitude antipática a qualquer
investigação racional de um fenômeno místico qualquer. Isto é inadequado e
revela apenas pouca flexibilidade mental.
Querer que homens e mulheres de ciência, pensadores do tipo
2, vejam da mesma forma coisas para as quais não foram treinados, é no mínimo
um equívoco. Seria como pedir a um cego para descrever as cores do arco-íris.
Se, por outro lado, nós místicos, pudéssemos oferecer ao meio científico algum
elemento palpável de nossa herança, poderíamos conversar e discutir como
iguais, acerca de uma base comum.
Pedir a alguém que discuta impressões sutis, pessoais, que
só com muito treino podem ser separadas de impressões mentais ou sublimações
orgânicas, é no mínimo um disparate.
E vemos ao longo da história do esoterismo e do misticismo,
muitos autores queixando-se dos homens de ciência, como se não acreditassem
naquilo que eles esoteristas crêem apenas por teimosia. Quem leu o segundo
volume da Doutrina Secreta, da edição da Ed. Pensamento, de Helena Petrovna
Blavatsky (HPB) ou as primeiras páginas de "O Ministério do Homem
Espírito" , o último livro de Louis-Claude de Saint-Martin, de 1802, sabe
do que estou falando.
São raciocínios do ponto de vista lógico e humano, infantis.
Querer que alguém veja o que vemos, em um quadro é difícil.
Imagine querer que alguém sinta o que sentimos, e refiro-me a sensações muito,
muito sutis.
Não há possibilidade de diálogo. Não existem elementos
comuns para discussão.
Exigir que pensadores que tem crenças do tipo 2 e do tipo 1
pensem de forma igual é tão descabido quanto sugerir que pensadores do tipo 2 e
do tipo 3 comunguem nas mesmas visões.
O que me preocupa, isto sim, é a perigosa proximidade entre
pensadores do tipo 1 e 3, que não deveriam ter tanta proximidade, mas que,
muitas vêzes, flertam de maneira, pelo menos para mim, assustadora.
O misticismo verdadeiro, aquele que nasce de dentro de cada
um, merece melhor destino.
Vigiemos e Oremos.
[1] Vodun ou Vodoun (ortografia Beninense; Vodun / Vodum no Brasil; Vodou, Vaudou ou outras ortografias foneticamente equivalentes no Haiti; Vodu ou Vudu). Em português aplica-se aos ramos de uma tradição religiosa teísta-animista baseada nos ancestrais, que tem as suas raízes primárias entre os povos Ewe-Fon da África Ocidental, no país hoje chamado Benin, anteriormente Reino do Daomé, onde o vodun é hoje em dia a religião nacional de mais de 7 milhões de pessoas. Além da tradição fon, ou do Daomé, que permaneceu na África, existem tradições relacionadas que lançaram raízes no Novo Mundo durante a época do tráfico transatlântico
[2] Chamo aqui a intuição de captativa para diferençar minha compreensão do termo em contraste com suas outras duas significações conhecidas. Em psicologia, " intuição é um processo pelo qual os humanos passam, às vezes e involuntariamente, para chegar a uma conclusão sobre algo. Na intuição, o raciocínio que se usa para chegar a conclusão é puramente inconsciente, fato que faz muitos acreditarem que a intuição é um processo paranormal ou divino. Seu funcionamento e até mesmo sua existência são um enigma para a ciência. " . Já em Filosofia, diz-se intuitivo aquilo que é contemplado sem a interferência de um juízo de valor, como quando abrimos os olhos diante de uma paisagem e a contemplamos, sem tentar discernir a cor do céu, a presença de alguma árvore, ou mesmo os tipos de árvores ou de vegetação a nossa volta. Em misticismo, seja no misticismo oriental como no ocidental, intuição é um processo de captação de informações de uma assim chamada Fonte Universal de Conhecimento, um Google Cósmico, possível de ser consultado a qualquer momento, em qualquer lugar e em qualquer circunstância
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