por Mario Sales, FRC,SI,CRC
John Dee
"Vim aqui a procura de algo a mais sobre
o misticismo. Mas percebi que não conhece muito (d)o que fala e tem um ego
maior do que o seu próprio intelecto.
Não conhece verdadeiramente a origem dos termos "ocultismo", "magia", teurgia". E muito mais ainda desconhece a origem da perpetuação do corpo astral no manto sideral através de práticas mágicas.( Rsrsrs) Seu "misticismo" ainda é magia, fraca, porém magia. Só os tolos não perceberiam."
Não conhece verdadeiramente a origem dos termos "ocultismo", "magia", teurgia". E muito mais ainda desconhece a origem da perpetuação do corpo astral no manto sideral através de práticas mágicas.( Rsrsrs) Seu "misticismo" ainda é magia, fraca, porém magia. Só os tolos não perceberiam."
Comentário em O OCULTISMO E A TEURGIA ESTÃO FORA DE MODA 1 , como sempre Anônimo,
postado no blog no dia 29 de maio de 2014 às 00:48hs
Eram duas e meia da manhã quando minha irmã chegou com minha
mãe, de 83 anos, com a perna direita imobilizada por uma fratura de patela recém
operada.
Pedi que a trouxessem porque acredito que aqui tenho mais
condições de cuidar dela com mais atenção e presteza, além de poder oferecer
companhia, carinho e atenção de todos nós, eu, minha esposa e filhas.
Pais idosos, lúcidos, mesmo frágeis, devem ser respeitados no
seu direito de querer ou não querer sair de suas casas e ir morar mais perto de
seus filhos. É talvez sua última manifestação de autonomia em uma fase da vida
em que tudo conspira para nos tirar a liberdade e independência.
Visão enfraquecida, dores lombares, fraqueza muscular,
doenças limitantes que nos obrigam a estar perto de serviços médicos ou de
parentes, causam desconforto e uma sensação desagradável de
tornar-se um estorvo para terceiros.
Se o ambiente familiar é estável e harmonioso tudo é mais
fácil.
Quando no entanto, como frequentemente acontece, a terceira
idade transforma-se na época da retribuição, quando pais pouco amorosos durante
toda a vida ficam indefesos aos cuidados de filhos revoltados e sem carinho,
pessoas de muita idade sentem-se acuadas e com medo, tensas e inseguras todo o
tempo.
Pessoas fragilizadas, sejam idosas ou não, sempre sentem
medo. E o medo, somatizado, transforma-se em descompensações hipertensivas,
diabéticas, circulatórias ou até psiquiátricas.
Sempre lembro a minha equipe, no serviço de idosos em que eu
trabalho, que um ambiente acolhedor e gentil é 70% da consulta e cria uma
condição de relacionamento mais produtiva entre o serviço e o cliente do
serviço, seja em procedimentos de enfermagem, administrativos ou na própria
consulta médica.
É preciso tratar as pessoas com carinho, semear carinho,
para colher equilíbrio e serenidade.
Como qualquer filho comum me preocupa a solidão e a distância de
meus pais, mesmo esta sendo voluntária, e não forçada. Minha impossibilidade de
poder socorrê-los com rapidez, (como nesta crise mais recente da queda com
fratura da rótula de minha velha mãe, o que resultou em uma, graças a Deus, breve
internação e um bem sucedido procedimento cirúrgico, crise esta que minha irmã
conduziu diligente e eficientemente), é o que me torna mais apreensivo. Confio
em Deus no entanto e nas palavras do evangelho em Mateus 6, 26-34 da qual
extraio apenas este trecho: "Olhai para as aves do céu, que nem semeiam,
nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não
tendes vós muito mais valor do que elas?
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles."
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles."
Achamos arrogantemente que controlamos alguma coisa com
nosso intelecto e nosso conhecimento, mas na maioria das vêzes somos folhas
secas carregadas ao acaso pelos ventos de um outono frio. A velhice nos lembra
isso, de nossa fragilidade permanente diante da Criação, às vezes tão bela e
tranquila e às vêzes tão violenta e furiosa.
Uma inundação, um furacão, um tornado, apenas um grande
terremoto e vemos a fragilidade da sociedade diante da vontade até hoje
imprevisível das alterações climáticas e geológicas, como que a nos lembrar que
, se estamos aqui hoje, amanhã, repentinamente, podemos não estar mais, e que
toda a nossa cultura não poderá evitar, se assim for a vontade do Altíssimo,
que desapareçamos, rápida e definitivamente, junto com toda a nossa espécie e
nossas mesquinharias e ódios e lamentações em um cataclisma cósmico, entre
tantos que temos contemplado, espantados, em nossos telescópios.
O que os velhos nos lembram a todo instante, com sua
debilidade, é que todos nós somos também poeira das estrelas e que habitamos um
corpo temporário que se desfará, do mesmo modo que se formou, seguindo as
leis de construção e destruição de tudo que é ou está matéria.
A entropia do Universo segue a lei do Rosacruz Lavoisier,
que garante que "na natureza, nada se cria, nada se perde, mas tudo se
transforma", transformação que faz, por definição, que aquilo que era
antes deixa de existir para dar lugar a outra forma, a outra coisa.
A impermanência é permanente.
E algo tão efêmero e tão precioso como a vida deveria ser
melhor aproveitado na construção de uma sociedade mais espiritualista, mais
voltada para a autodescoberta, e não para o acúmulo de vaidades ou discórdias.
E a maior das Vaidades é a ilusão de ter algum Poder sobre
nós, ou sobre o ambiente que nos cerca. Seja através do dinheiro, da política
ou até através da hierarquia das religiões, o poder corrompe e o poder absoluto
corrompe absolutamente. Só quando entendemos que todo o poder que precisamos é
aquele que emana de nossos corações, começamos a entender o significado da
existência. Só quando entendemos que ter poder verdadeiro é não ter poder
nenhum; que poder na verdade é permitir que sobre nós desça a mão do Todo
Poderoso e nos transforme em seus agentes na Terra, como queria Saint Martin;
só quando a nossa vontade é a vontade de Deus em nós, e não desejamos nada de
Deus, a não ser mais Deus, como dizia meu querido José Hermógenes, em um de
seus últimos textos, "O Essencial da Existência", podemos sentir, intensamente, o
poder da presença de Deus em nós.
Nosso ego não existe mais, nossa vontade não tem mais
importância, nosso coração transforma-se num receptor da vontade divina e
nossos pés vão aonde não sabemos, e nossas mãos fazem coisas que não
entendemos, e nossa língua fala sobre coisas que não conhecemos, sempre com
sabedoria e perspicácia, mas não nossa sabedoria ou nossa perspicácia, mas sim
a sabedoria e perspicácia de Deus através de nós." ...Vivo, não mais
eu, mas Cristo vive em mim..." lembra Paulo em Gálatas, 2:20.
A partir desse instante, qualquer ilusão de que possamos
voluntariamente interferir na realidade a nossa volta, seja através de nossa
ciência ou de algum tipo de técnica mágica, sem que antes o Altíssimo tenha
permitido, desaparece de nós. Não temos mais, uma vez tocados pela Luz da Consciência
Divina, qualquer impressão de que estejamos separados dele e de seus desígnios.
Lembra Mateus, ainda no capítulo 6 de seu evangelho,
versículos 31 a 33, as palavras do Mestre Jesus: "Não andeis, pois,
inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem
sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."
Buscai primeiro o Reino de Deus, diz o Mestre, ou seja, a
comunhão com a vontade de Deus, despojando-nos de toda ilusão de separação D'
Êle e de Sua vontade.
Não temos possibilidade de garantir nem se nossa espécie
durará mais uma década, quanto mais supor que temos poder para alterar de modo
súbito ou mágico as vicissitudes de nossa existência mundana.
Todos, como os velhos lembram, somos ou estamos fragilizados
por nossa condição humana, e "o mais poderoso dos magos" ainda deverá atender as
ordens da natureza e terá que urinar e defecar quando a natureza ordenar.
"O mais poderoso dos magos" conhecerá dores na coluna, gripes,
problemas financeiros, como aconteceu com Martinez de Pasqualy, que morre no
Haiti em meio a resolução de assuntos mundanos de uma herança; ou Papus, que morre de
Tuberculose em uma trincheira de batalha na primeira guerra mundial, ele, conhecido pelo seu poder místico; a ciência ou a magia não nos protege da
calúnia e da prisão, como sucedeu ao nobre Conde de Verulâmio, Imperator dos
Rosacruzes no século XVI, Francis Bacon, ou com o grande Giusepe Bálsamo, Conde
de Cagliostro; nem a ciência ou a magia nos protege da vergonha e da traição,
como ocorre com John Dee, matemático, astrônomo, astrólogo e geólogo, mentor
esotérico de Francis Bacon e no entanto, vítima de um embusteiro de quinta
categoria, Edward Kelley, que o convence a uma jornada infrutífera e
dispendiosa pela Europa, marcada pelo fracasso e pela vergonha de ver sua
própria esposa seduzida por este mesmo indivíduo, pasmem, por crer que isto
tinha sido ordenado por um anjo.
Tanto a ciência como a chamada Magia, renegada por Saint
Martin como inútil e desnecessária "para ver Deus", não são
necessariamente fonte de sabedoria se antes "não buscarmos primeiramente o
reino de Deus e a sua justiça".
Quem se dedicar às artes mágicas ou a ciência ortodoxa deve
precaver-se de que nada é superior a comunhão com o Altíssimo e que corre o
risco de, tomado pela sua própria vaidade, supor-se capaz de controlar tudo a
sua volta e de ser sim superior a tudo e a todos inclusive superior a Vontade
de Deus ou da Natureza.
Se a doença e a desdita não trouxerem juízo a estes
desmiolados, ao menos a velhice os obrigará a curvar, junto com suas colunas,
suas cabeças, em sinal de respeito Àquele que é o Verdadeiro e Único Senhor de
Todas as Coisas, do qual somos apenas pálidos reflexos.
É por isso que, quando olhei no meu celular e li este
comentário infantil no alto da página à um antigo ensaio meu de três anos atrás em que eu alertava,
como o Mestre no Evangelho de Mateus ou Saint Martin nos seus textos, que o poder
vem de dentro e do Alto, e não de gestos e chapéus ridículos ou palavras em
latim, ao mesmo tempo que minha mãe entrava, caminhando com a dificuldade de
alguém com fratura de rótula aos 83
anos, fiquei repentinamente cheio de enfado e sono. O medo causado pela
inevitável fragilidade humana são os motivos da busca do poder. Não queremos
ser pobres, não queremos ser feios, não queremos sofrer por doenças ou
limitações físicas, enfim, não queremos envelhecer. Só que a Magia nunca
protegeu os Magos, (os grandes Magos da História, não os "aprendizes de
feiticeiro" que supõem ser Magos porque leram algum livro empoeirado ou
fizeram um curso idiota por correspondência) da pobreza, da doença, da vergonha
ou da velhice. A Magia, por último, nunca protegeu nenhum Grande Mago conhecido, da
Morte.
As pessoas lêem livros fantasiosos demais, vêem filmes demais, esquecendo-se de que vivem não num filme ou num livro, mas no mundo real.
As pessoas lêem livros fantasiosos demais, vêem filmes demais, esquecendo-se de que vivem não num filme ou num livro, mas no mundo real.
E enquanto lia este comentário idiota, ao mesmo tempo que,
junto com minha irmã, colocava minha velha mãe na cama, no meio da madrugada de
um dia comum, na manhã do qual eu teria que trabalhar normalmente, e
providenciava cobertores para prevenir a noite fria pela frente, pensava com
meus botões: "Meu Deus, quanta mediocridade, quanta ignorância ."
QUE CHAPULETADA NO ANONIMO.............MAS TALVEZ ELE NAO TEM CONSCIENCIA DE SUA IGNORANCIA..................TEMOS QUE RELEVAR ISTO...............OU DE REPENTE ELE SE PERDEU NO ASTRAL SIDERAL(RSRS)....VALEU MARIO!
ResponderExcluirDEODATO