Por Mario Sales
Domingo pela manhã.
Estou saindo do sanctum, ainda encharcado de emoções e
vivências que só com o tempo poderei elaborar.
Não há o que descrever pois as imagens são as mesmas de
todas as vezes que medito com o auxílio do exercício guiado de ascensão pela
escada de Rá ao Sanctum Celestial. O que muda são os sentimentos, o grau de
enlevo, traduzido no corpo por arrepios constantes que percorrem todo o corpo e
acredito representam a percepção da intensificação do Nous que circula em nós,
nestes momentos de êxtase.
Praticar o sanctum semanal é como quebrar a rigidez de nossa
aura, refinando-a, tornando-nos mais flexíveis e psicologicamente mais
equilibrados.
Em uma palavra, a prática do sanctum tem um papel
terapêutico, trata nossas angústias físicas e espirituais e nos mobiliza positivamente
em direção a um estado de bem estar, que os rosacruzes chamam de paz profunda.
Como a ginástica fortalece os músculos, a prática do sanctum
gradualmente fortalece nosso ser psíquico, fortalecendo nossas ligações com o
Eterno, refinando esta conexão.
Pensei em descrever esse estado neste texto, mas não
consigo.
Qualquer palavra que use, qualquer imagem, é demasiadamente
rude e grosseira para poder transmitir o que acabei de sentir.
Trata-se de vivências tão pessoais, tão profundas que não
podem ser compartilhadas, não porque não desejemos, mas porque não conseguimos
meios para isso, ou mesmo metáforas que nos ajudem.
Resta agradecer ao Deus de meu coração pela graça dessas
experiências e voltar ao mundo objetivo atento a forma como o que acabei de
receber manifestar-se-á, seja como inspiração para mim mesmo, seja como
inspiração para terceiros.
Nada mais pode ser dito.
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