Multi pertransibunt et augebitur scientia (Muitos passarão, e o conhecimento aumentará).

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

AINDA CONVERSANDO COM JULIO


Organizado e Compilado por Mario Sales

Este debate está longe de se encerrar, por isso continuo a publicar as repercussões dos últimos posts.



JuLio deixou um novo comentário sobre a sua postagem "CONVERSANDO COM JULIO":
Olá Mario, fiquei muito feliz e lisonjeado por receber uma resposta tão interessante quanto a sua em forma de um novo post em seu blog.
Do fundo do coração eu agradeço as palavras de incentivo e de motivação que me foram direcionadas.
Minha considerações:
Quando você diz: "é triste, muito triste é que em nome de manter a autoridade, perca-se a noção de fraternidade." De fato, é muito triste que em nome da autoridade, cada vez menos podemos manter um ambiente fraterno e questionador (que é a base da filosofia... o ato de questionar, encontrar respostas, ponderar e aplicar).
Quanto a não julgar os frutos pela plantação: Com apenas dois anos de ordem, minha vontade é cada vez mais ir apenas nas convocações e nem ficar para o ágape. Felizmente conheci alguns frateres (dá pra contar em uma única mão) com que posso conversar, questionar, debater acaloradamente sabendo que meu nome não irá parar na mesa do Grande Mestre. Ainda assim, soube hoje de um episódio MEDÍOCRE devido a uma interpretação errônea e descabida de algo que disse em frente a outros frateres e sorores, a cerca de dois meses que me faz pensar muito na convivência (se vale ou não a pena... é um misto de hipocrisia + dor de cotovelo + ego inflado [não generalizando, estou comentando de um fato local e relacionado a minha pessoa]).
Quanto ao participar: Acredito que é muito mais enriquecedor estar entre as colunas do templo, participar dos conventículos e tudo mais. No entanto, quando você diz que "Difícil é assumir responsabilidades com a AMORC, tornar-se um oficial templário ou administrativo, cuidar dos pequenos detalhes cotidianos da manutenção do capítulo ou loja, assumir uma monitoria ou a condição de Grande Conselheiro." eu discordo parcialmente.
Realmente, fazer o negócio acontecer e colocar a mão na massa não é para todos, MAS, aonde está a abertura para os novos trabalharem? Aonde estão as pessoas dispostas a ensinar aqueles que querem aprender a ser um oficial? a ser um monitor? a ser um conselheiro? - Aliás, existe um passo-a-passo de onde se começa e onde se pode chegar?
Estou perguntando isso não por ego ou por interesse em cargos e patentes, digo isso simplesmente porque não está claro em nenhum lugar se há uma estrutura de cargos, funções e tarefas e o que é preciso para dar o próximo passo.
Explico: SE a GLP disse que um ano vc seria guardião, no seguinte seria cantor, no seguinte sonoplasta e assim por diante até ser Mestre, ficaria mais simples compreender o funcionamento de uma loja (cargos, funções e tarefas), os membros aprenderiam muito mais e teriam a oportunidade de servir por tempo determinado como oficiais. Ou seja, teria um começo, meio e fim e daria lugar para outros membros interessados.
Pois bem, o mesmo aconteceria com as outras áreas: suprimentos, ordem juvenil, ritualística, etc. Isso facilitaria e organizariam as coisas (essa é a MINHA visão).

Postado por JuLio no blog IMAGINÁRIO DO MARIO em 3 de janeiro de 2013 18:33

Comentário do Mario: dos três pontos que voce comenta, o que achei mais interessante foi aquele em que voce sugere um plano de carreira no oficialato de pronaoi, capítulos e lojas. Já tivemos esta discussão várias vezes e mereceria ser analisado, para inclusive fazer disso um protocolo. É que, vendo o problema de maneira mais realista, falta pessoal; a irregularidade da frequência, a flutuação irritante da frequência ( voce mesmo diz que está se afastando) impossibilita este interessante método, aliás platônico  sugerido na República, um livro clássico, aonde antes de ser governante alguém deveria atravessar por anos todas as etapas da vida da cidade, da prática da agricultura até a vida militar para só depois poder tornar-se um dirigente político. Caso em uma das etapas ele descobrisse sua vocação verdadeira ou demonstrasse incompetência para ir a frente seria acalmado pela musica, a musicoterapia. Interessante não? Mas este é o mundo ideal. Falta pessoal, Julinho. Todo o nosso trabalho como voce diz é voluntário, não podemos obrigar as pessoas a permanecer na Ordem e como voce disse não estamos criando um ambiente acolhedor e atraente o suficiente para mantê-las na Ordem.

Outro comentário de outro leitor:
"Um Frater" deixou um novo comentário sobre a sua postagem "CONVERSANDO COM JULIO":

Frater, é temerosa sua afirmação de que a AMORC é de todos os rosacruzes e ela é a maior fonte de decepção para pessoas que se dedicaram muitos anos a AMORC. O poder não está nas mãos dos membros e quando eles questionam demais ou querem contribuir de uma forma "não oficial" ele constatará quem realmente tem o poder e pode decidir o que será feito... Quando dizes: "Para participar de maneira ativa de AMORC é preciso ser do tipo que lava pratos, que varre chão, que tira o excesso da vela, sem que ninguém peça.
A ORDEM é nossa, nós somos seus donos, a Rosacruz é o que os rosacruzes são. É como voce lembrou muito bem, alguns são rosacruzes e outros estão rosacruzes. Para quem é rosacruz e não está rosacruz não existem duas rosacruzes, a minha e a dos outros que eu não gosto."
Veio-me imediatamente o questionamento que vi nos comentários de uma postagem mais antiga sobre a Loja Brasília que teve todos seus oficiais expulsos da AMORC e todos os membros que apoiaram os questionamentos judiciais quanto ao estatuto que a Grande Loja envia as Loja como modelo. Alguém sabe como terminou o processo na justiça brasileira? Retomando o assunto, a AMORC é uma instituição jurídica e ela não é nossa. Podemos doar toda uma vida a ela, porém ela não será nossa. Sua estrutura jurídica garante que sempre seus templos serão dela e não das pessoas que os doaram ou os mantém. Tudo que fazemos para AMORC devemos entender que estamos fazendo para uma instituição jurídica. A rosacruz nunca será uma organização física como bem demonstra o texto Rosacruzes Essenciais. A rosacruz é algo espiritual e como tal pode estar em qualquer lugar e qualquer pessoa espiritual pode ser parte da irmandade rosacruz, mesmo que nunca tenha sido iniciada em nenhuma ordem rosacrucianista. Estejam muito conscientes deste ponto...

Postado por Um Frater no blog IMAGINÁRIO DO MARIO em 3 de janeiro de 2013 17:07


Comentário do Mario: Esse comentário eu deixo para comentar no final.



JuLio deixou um novo comentário sobre a sua postagem "CONVERSANDO COM JULIO":

Em relação ao que você disse da Ordem ser nossa... concordo 100% com o comentário do Frater acima "a AMORC é uma instituição jurídica e ela não é nossa. Podemos doar toda uma vida a ela, porém ela não será nossa. Sua estrutura jurídica garante que sempre seus templos serão dela e não das pessoas que os doaram ou os mantém. Tudo que fazemos para AMORC devemos entender que estamos fazendo para uma instituição jurídica. Será sempre um trabalho voluntário para uma instituição jurídica que possui muitas posses (doações e mais doações dos rosacruzes do passado + arrecadação anual com trimestralidades). No mais, se pagarmos a trimestralidade seremos rosacruzes e se não pagarmos, não seremos (nos vetam o acesso ao conhecimento com a cessando os envios de monografias, é vetada a nossa participação nas convocações ritualísticas é vetada a participação nos pronaoi, etc).
No mais, agradeço novamente todas as palavras fraternais e de incentivo que proferiu.
Finalizando, como consultor de empresas, percebo um erro estratégico e de gestão, onde o foco é muito maior em sistema, processos, financeiro, autoridade, hierarquia e estrutura e estão esquecendo substancialmente do cliente (nós, os rosacruzes que pagam suas trimestralidades), ou seja, perde-se tanto tempo no operacional que a Ordem esquece de ser estratégica. O que há de mais novo em termos de business, marketing, etc, é o foco no cliente e no relacionamento com o cliente, agregar valor de todas as formas possíveis, dar algo a mais (além daquilo que o cliente paga), ter bons canais de comunicação e distribuição e um preço justo que faça com que o cliente enxergue mais o VALOR do que o PREÇO em si. Se olharmos por essa ótica, não há foco no cliente (paga é rosacruz; se não paga, não é rosacruz), esperar relatórios via correio em pleno ano de 2013 é mais do que ultrapassado, há pouco valor agregado para quem busca mais a fundo (para os que se contentam com pouco, o conteúdo das monografias e dos livros já é mais do que o suficiente), a Ordem vai ter que se reinventar quase que por completo nos próximos oito anos devido as inovações tecnológicas e questões ambientais (quantidade gigantesca de papel), quanto aos canais de comunicação, ainda há o que melhorar (mas em geral é muito bom), no quesito distribuição a Ordem é refém dos correios e seus prazos horríveis e por último e não menos importante, há a parte financeira que daria uma análise gigantesca (que fiz recentemente comparando a quantidade de lotes x monografias recebidas tanto da AMORC quanto da TOM e constatando que o investimento financeiro é quase que o dobro comparado à 10 anos atrás... ainda mais na TOM que foi alterada recentemente e lembrando que é uma ordem fundada por PAPUS com o intuito de não haver a parte financeira envolvida (tanto que os oficiais arcavam com suas próprias despesas, mas isso é outro papo). Acredito que se a Ordem partir para essa visão administrativa com cara de negócio, ela precisa melhorar URGENTE a sua estratégia, caso contrário, ela enfrentará sérios problemas num futuro muito próximo.

Postado por JuLio no blog IMAGINÁRIO DO MARIO em 3 de janeiro de 2013 18:34


Comentário do Mario: É verdade. Principalmente as observações gerenciais, com as quais concordo plenamente. Mas embora eu não tenha uma procuração para defender a Ordem, como Rosacruz eu insisto que a Ordem somos nós, sim. Que existe um estrutura jurídica? Tem que haver, não haveria como publicar e distribuir uma informação tão densa se não houvesse a mínima organização administrativa. Isso inclui uma burocracia que precisa ser modernizada, concordo, mas que não pode ser extinta. Se no final do século XIX Papus queria uma Ordem Martinista sem envolvimento do financeiro eu compreendo , mas nenhum de nós, em sã consciência, de forma adulta, poderia supor que uma estrutura gigantesca como é AMORC vivesse de doações. É preciso que haja algum tipo de financiamento da operação mundial, e isso, como administrador, voce deverá concordar; no entanto, concordo com a importância e urgência da mudança do viés administrativo para foco no cliente. É preciso mais carinho e atenção, eu tenho repetido isto aqui inúmeras vezes, não se deve deixar um irmão sem uma resposta, sem um retorno, é preciso ter apoio didático via skipe e não por email ou papel. É preciso usar as tecnologias atuais como aliadas e não como potenciais destruidoras da luz.
A mesma tocha que incendeia a casa ilumina nosso caminho. Precisamos todos parar de ter medo do fogo em si, mas ter cuidado com seu uso, não proibindo-o, mas usando-o de forma estratégica, como temos feito com tudo ao longo dos séculos neste mundo de dualidades, onde qualquer objeto ou ferramenta pode ser usada de dois modos, pelo menos, para o bem ou para o mal.
Agora, citando o outro comentário que permeia suas duas intervenções, eu sinto uma certa amargura nesta visão de que não, a Ordem não é nossa, a Ordem é de quem está nos postos de comando. O mais óbvio raciocínio é de que sem membros, não há o que comandar. A não ser que os rosacruzes sejam um bando de carneiros estúpidos que seguem um pastor, e pela sua eloquência ao fazer suas ponderações eu sei que, graças aos céus não somos, ou que tenhamos virado uma religião e eu não tenha sido informado, pensar que a Ordem é apenas uma organização administrativa é pensar de maneira incompleta. Por isso eu insisti na visão do coração, sim porque a senda rosacruz também é uma senda cardíaca. Tem que ser. Quem pensa com a cabeça só pode ver a parte material e os problemas materiais. Mas temos obrigação de como iniciados ir além da visão material, olharmos o que nos cerca com os olhos do coração. Ou não teremos entendido nada do que lemos e estudamos. Misticismo é o exercício da sensibilidade e da perspectiva cardíaca da realidade, é a mudança do olhar sobre tudo e sobre todos, inclusive sobre nós mesmos.
Para ser monótono, não é preciso apenas entrar na Ordem, é preciso que a Ordem entre em nós. Isto só acontece quando nos rendemos a mensagem do nosso interior, que não foi criada pela Ordem Rosacruz, mas que foi divulgada por ela , e como muita eficiência, a meu ver.
Outros grupos conhecem essa mensagem, o som do que Blavatsky chama "A Voz do Silêncio". Quando ouvimos essa voz, ela nos preenche, nos encanta, e os aspectos mesquinhos da vida perdem importância. Não há má intenção em nossos dirigentes, tudo o que fazem fazem pelo bem da Ordem, na sua compreensão. Todos são tão sinceros em sua vontade de fazer o que fazem bem e de modo o mais correto quanto voce ou eu aqui comentando as possíveis falhas gerenciais. Precisamos ter paciência. Precisamos dar um voto de confiança ao Universo, sob a direção e vontade do qual tudo que acontece na criação, ocorre.
Acredite Julio, a AMORC não é apenas uma empresa mesmo que precise de uma estrutura material para exercer seu papel na sociedade, de modo internacional. E se nós que somos rosacruzes não vestirmos a camisa da Ordem, não dos dirigentes, veja bem, mas a camisa do espírito rosacruciano de participação positiva, ativa, sem mágoas, sem ressentimentos, sem medo, não chegaremos a um porto seguro. Nem na Ordem, nem nas nossas próprias vidas.
A mágoa que eu vejo em alguns comentários que recebo, não o seu, esconde uma tristeza imensa, esconde a ira, a decepção. Estes são sentimentos ruins e deletérios. Devemos como místicos, afastá-los de nossos corações, não porque sejamos ingênuos, mas para que nosso poder aumente. O poder verdadeiro, não sobre alguém ou alguma coisa, mas sobre nós mesmos.
Confiar no Universo e em sua sabedoria que ele nos comunica pela intuição é fundamental para superar nossas próprias limitações.
Tenha certeza, se as coisas ainda não se resolveram é porque esse processo ainda não terminou.
Grande abraço

19 comentários:

  1. "Comentário do Mario: dos três pontos que voce comenta, o que achei mais interessante foi aquele em que voce sugere um plano de carreira no oficialato de pronaoi, capítulos e lojas. Já tivemos esta discussão várias vezes e mereceria ser analisado, para inclusive fazer disso um protocolo. É que, vendo o problema de maneira mais realista, falta pessoal; a irregularidade da frequência, a flutuação irritante da frequência ( voce mesmo diz que está se afastando) impossibilita este interessante método, aliás platônico sugerido na República"
    "Falta pessoal, Julinho. Todo o nosso trabalho como voce diz é voluntário, não podemos obrigar as pessoas a permanecer na Ordem e como voce disse não estamos criando um ambiente acolhedor e atraente o suficiente para mantê-las na Ordem."

    JuLio: Falta pessoal porque não é mais atrativo, não tem informação suficiente para pessoas novas como eu, é burocrático e confuso o processo de servir voluntariamente. Não há pessoas porque o foco da Ordem enquanto Instituição não é nas pessoas (meu caro, leia esse parágrafo novamente como se me visse falando sorrindo e com o coração aberto. Não há ranço ou dor em minhas palavras, há apenas minha percepção).
    Vou bater muitas vezes nesse ponto. Há muito tempo que a ordem tirou o foco das pessoas e o colocou em outros pontos.
    Como você disse, o trabalho é voluntário, mas para ser feito por outras pessoas ele precisa se tornar simples, acessível e atrativo. Agora... podemos passar os próximos meses discutindo como é e o que falta ou começarmos a focar em como deveria ser e como colocar isso em prática.

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  2. Comentário do Mario: Mas embora eu não tenha uma procuração para defender a Ordem, como Rosacruz eu insisto que a Ordem somos nós, sim.

    JuLio: Nós temos autonomia para sermos Rosacruzes (motoristas), mas não somos donos do veículo (AMORC). Nós somos a ordem? Sim, desde que sejamos um ou mais rosacruzes falando sobre rosacrucianismo juntos e vivendo o rosacrucianismo na prática, ai sim concordo que somos a "Ordem", Jesus disse: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, ali eu estarei." (Mt 18, 20) Nesse sentido, concordo com a sua colocação, mas o "veículo" AMORC não é dirigido por nós, tem o seu caráter jurídico, uma hierarquia e sua burocracia que não tenho como contribuir ou questionar no momento.

    Mário: "Que existe um estrutura jurídica? Tem que haver, não haveria como publicar e distribuir uma informação tão densa se não houvesse a mínima organização administrativa."

    JuLio: FATO, não questiono a necessidade de uma corporação jurídica e administrativa, o que questiono é a sede por dinheiro, aumentos significativos na trimestralidades, suprimentos com valor acima da média de mercado, livros cada vez mais caros, etc. Será que a ordem precisa de TANTO dinheiro assim para funcionar?

    Mário: "É preciso mais carinho e atenção, eu tenho repetido isto aqui inúmeras vezes, não se deve deixar um irmão sem uma resposta, sem um retorno, é preciso ter apoio didático via skipe e não por email ou papel. É preciso usar as tecnologias atuais como aliadas e não como potenciais destruidoras da luz."

    JuLio: Concordo plenamente, porém, como você bem sabe, recentemente a Ordem resolveu se "atualizar" lançando seus canais digitais de contato com os afiliados (que não é bem um canal por ser uma via de mão única, onde eles apenas distribuem informação e não há um debate como o que estamos tendo aqui), e a mesma "atualização" suprimiu outros canais de propagação do rosacrucianismo, afim de manter um canal "oficial" da ordem, ou seja, não permitindo o ponto de vista diferenciado dos rosacruzes como nós. Será que o preço da atualização precisa ser tão caro?

    Mário: "A mesma tocha que incendeia a casa ilumina nosso caminho. Precisamos todos parar de ter medo do fogo em si, mas ter cuidado com seu uso, não proibindo-o, mas usando-o de forma estratégica, como temos feito com tudo ao longo dos séculos neste mundo de dualidades, onde qualquer objeto ou ferramenta pode ser usada de dois modos, pelo menos, para o bem ou para o mal."

    JuLio: Concordo. O mesmo medo que nossos dirigentes têm para com a informática é o mesmo que as pessoas tinham com a Rosacruz três séculos atrás. É o medo do desconhecido... é o medo da zona de conforto que não será quebrada tão logo, é o medo de pisar no desconhecido, é o medo de admitir que não sabe NADA sobre isso e que precisa aprender com urgência.

    Mário: "não é preciso apenas entrar na Ordem, é preciso que a Ordem entre em nós."

    JuLio: No caso do Rosacrucianismo eu discordo, acho que é justamente ao contrário. O Rosacrucianismo diferentemente da maçonaria começou como um movimento e não como uma "ordem" propriamente dita. Assim como o Martinismo que veio de um movimento, de uma linhagem, de uma filosofia e depois foi incorporado como uma Ordem. No caso particular da Rosacruz, acredito que precisamos ser Rosacruzes e não necessariamente que a "Ordem" precisa entrar em nós. Claro que como fonte de conhecimento, a Ordem é de suma importância, mas o rosacrucianismo é maior que a "Ordem" (não estou falando especificamente da AMORC neste parágrafo, estou falando de forma ampla entre as diversas manifestações em formas de ordem rosacruzes).

    Ainda, precisamos SIM ter paciência, mas como você mesmo disse, vivemos na era da informação onde tudo está acontecendo cada vez mais rápido. As decisões precisam ser tomadas e se elas não funcionarem, precisam mudar igualmente com velocidade.

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  3. Ontem eu tinha feito um comentário muito direto sobre a essência do rosacrucianismo e ele desapareceu. Entendo que isso é um sinal do cósmico que eu deva permanecer em silêncio. Continuarei passivamente lendo seu blog e mantendo um comportamento de rebanho, que é o que se espera de nós...
    Pax Profundis!

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  4. Então frater, como comentei por email, existe até este mecanismo aqui no blog para excluir comentários mas eu não uso, uma vez que parto do princípio de que todos devem ter direito a livre manifestação de idéias, estejam ou não de acordo com as minhas. Racismo, sexismo, preconceito religioso ou de classe são situações limite que serão administradas e evitadas mas fora isso, a liberdade de manifestação aqui é completa.Fique tranquilo.

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  5. Frater, as vezes a plataforma do Blogspot dá pau.
    O mais recomendado é escrever o comentário, selecionar tudo, dar um ctrl+c e se não der certo o post, basta aplicar o ctrl+v e tentar novamente.

    Acredito que o momento é delicado e os temas abordados são demasiadamente importantes para simplesmente pular do barco.

    Frater Mário, estou aguardando ansiosamente seus comentários.
    Forte abraço.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Na verdade Frater Julio, não há muita coisa a colocar em relação as suas ponderações, acho todas elas muito pertinentes, aliás concordo com quase todas, a necessidade de uma informatização selvagem da Ordem, a necessidade de melhorar o relacionamento com os membros,etc. Eu mesmo, como voce deve ter acompanhado, tenho defendido solitariamente aqui estes temas. Faço ressalvas apenas ao aspecto do preço dos produtos, que é bem mais subjetivo. Quanto ao resto, não tenho nada a acrescentar ao que já disse.
      Outra coisa é essa questão do rosacrucianismo supra e trans amorquaino é muito interessante. Existem tantas manifestações autodenominadas rosacruzes que mereceriam um texto de análise independente. Existe um estudo de Tobias Churton, inclusive que não é simpático a Spencer Lewis, sobre este aspecto chamado A História dos Rosacruzes, os Invisíveis. Achei um pouco fantasioso porque como muitos ele prefere falar do que não vê do que daquilo que é visível e palpável e negar a importância da AMORC no movimento rosacruciano é um disparate, mas o livro tem bastante material, e foi editado pela Editora Madras aqui no país.

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    3. Eu cheguei a folhear este livro do Tobias Churton, mas não o comprei. Pude ver que ele não é muito simpático em relação ao Spencer Lewis. Concordo contigo, a AMORC teve papel fundamental no avanço e evolução do Rosacrucianismo no século XX. Agora é preciso se reinventar. :)

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  6. Frater Mario e Frater Julio, se lerem atentamente minha postagem perceberão que foi justamente uma brincadeira em relação aos bugs. Pois o acaso seria obra de quem senão do cósmico? Notem que mantive a indeterminação "...que é o que se espera de nós..." Penso que se Frater Mario tivesse apagado a postagem ele teria comentado o motivo!

    Em relação ao livros Os Invisíveis de Tobias Churton, devemos lembrar que ele não é um esoterista falando sobre rosacrucianismo. Ele é um professor, salvo engano meu, do primeiro curso universitário na Inglaterra com formação acadêmica em esoterismo ocidental. Então ele não avalia o número de membros, mas a ligação histórica da organização com o movimento rosacruz. É interessante que nesta obra em determinada parte ele cita Pascal B. Randolph, também fundador de uma ordem rosacruz nos estados unidos anterior a AMORC que afirma: não importa do que se trata, utilize o termo rosacruz e terá garantia de sucesso e aceitação!!!

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  7. Agora um pouco das raízes da AMORC: amorc _ manual rosacruz esta es la primera edición del manual rosacruz en español. se publicó en barcelona a comienzos de los años 30.(¿1934) ..pdf

    podem descarregar abaixo e verificar como nas origens a AMORC é bem mais tradicional quanto ao esoterismo:
    http://www.4shared.com/office/0yenbW9N/amorc___manual_rosacruz_esta_e.html

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  8. Frater, fiquei interessadíssimo neste arquivo, mas não consegui baixa-lo. Há outra alternativa?

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  9. http://pt.scribd.com/doc/113452101/AMORC-Manual-Rosacruz

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  10. Como o cósmico interviu de novo e novamente minha postagem sumiu, eu reenvio o link do scribd!

    http://pt.scribd.com/doc/113452101/AMORC-Manual-Rosacruz

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  11. Infelismente até nos mais lindos jardins aparecem as ervas daninhas. Valeria SRC.

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  12. Mario, meu nome é Lilly e eu tenho 9 anos de idade e eu sou uma rosacruz. Eu entendo muito da ordem rosacruz e aprendo muitas coisas lá. Eu sempre estou feliz quando fico perto da ordem, mas eu fico triste com comentários que não animam a ordem e nem me animam. Se você não gosta da ordem, você não é forçado a ir. Não quero ninguem prejudicando a ordem. Siga seu caminho em paz e felicidade.

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  13. Bem... uma coisa me desperta neste debate... ele me lembra as angústias de qualquer buscador na década de 80, quando não tinhamos sequer muita abertura política e midiática no Brasil e o nosso carro popular ainda era um bom escort a carburação.
    Tudo evolui e não há fórmulas prontas porque o ser humano segue as vezes em zig zague. O processo não é linear, embora fosse mais fácil.
    Quando eu era adolescente vi uma pessoa me dizer que não deveria frequentar a amorc pois esta era a instituição menos iluminada, e ouvi outras pessoas me dizerem que alí encontraria fanáticos e loucos.
    Contra fatos não há argumentos... é uma premissa que me esclareceu ao longo do tempo. Na amorc conhecí pessoas como outras quaisquer, com problemas, sonhos, mas acima de tudo o mais sãs possíveis no ambito psicológico.
    Não vejo pelo menos após a década de 90, e principalmente nesta atual gestão um foco falho no que diz respeito a ter CUIDADO com aspectos espirituais e psicologicos dos indivíduos. Antes da década de 80 havia a meu ver pessoas mais audaciosas, imprecavidas e ávidas por experiências fantásticas.
    Percebo na atualidade um critério maior e mais coeso nas ações e na metodologia de ensino para que as pessoas possam galgar a sua trilha, a sua escada, de forma feliz.
    Claro que o caminho é individual.. esta é a minha visão hoje.
    A Amorc sempre será alvo de críticas ferrenhas porque no meu entendimento, ela persevera criteriosamente sem no entanto ser seletiva, não exclui mulheres ou crianças e tem suas portas abertas. Esta transparência da Amorc permitiu sua existência ao longo deste século XX, tão turbulento e periculoso no aspecto político mundial.
    A Amorc pode melhorar?
    Lógico...
    Um casamento apó 30 anos pode melhorar?
    Lógico...
    Mesmo as fórmulas que estão dando certo podem ser melhoradas.
    Mas isto não significa que o que ficou para trás não tenha seu mérito.
    A Amorc não deve ser temida, e alguns de nós precisam admitir que o temor vem de nossas próprias expectativas conosco, são nossos conteúdos psíquicos interferindo em nosso entendimento do que seja a Luz, o Conhecimento e nossa interação com ambos.
    PAZ PROFUNDA!

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  14. Trago dois termos para a nossa reflexão: ABRIGO e MISSÃO. Será que os assuntos de nossas experiências rosacruzes trazidas a público nestas discussões não estariam desrespeitando o princípio do sigilo e do respeito aos compromissos assumidos? De outro modo, em vez de um passatempo intelectual sem nenhum resultado prático, pois a margem daquela que efetivamente pode promover alguma mudança, não seria mais conforme a nossa missão pessoal prestarmos serviços aos Organismos afiliados fortalecendo a nossa Egrégora Espiritual?
    PAZ PROFUNDA
    Americo

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  15. Americo,
    Os rosacruzes do Fama e do Confessio Fraternitatis planejavam e contribuíram para mudança do mundo e devemos nos resignar que atualmente não conseguiremos mudar nem a AMORC e simplesmente nos anular e servilmente nos calar?

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